quinta-feira, 22 de maio de 2014

(PT) 9 - O selo da maldição

Parte 1 - Em Dirram

A busca por transporte

Chegando em Dirram pelo porto marítimo, o grupo decidiu dirigir-se até o templo de Crisagom, onde Matteos arriscou pedir ao sacerdote local, Gyliam, por auxílio. Após alguns minutos de conversa em particular, o sacerdote do templo da cidade convenceu-se a ajudá-los arranjando uma colocação para eles na embarcação que partiria naquela noite de Dirram em direção à Brual, e que passaria em Aderbas no caminho. Gyliam pareceu muito impressionado pela história que Matteos havia contado, e ofereceu toda a ajuda que pudera. Também disse que não seria capaz de conseguir reforços a tempo, mas que procuraria por isso em Brual.

Neste momento Baltazar e John saíram e foram em direção a taverna, enquanto Matteos permanecia no templo, conversando com devotos do deus dos justos. Durante esta conversa ele conheceu Hyge, um ex-soldado verrogari que busca a paz em Eredra, e Narder Peray, um aventureiro de Calco que cruza o mundo em direção às Terras Selvagens. Este último lhe apresentou um pergaminho com uma lista de objetos comuns assinado por seu pai Luccios Daron.

Theodoro

John permaneceu treinando sua coruja em frente a taverna, enquanto Baltazar entrou no estabelecimento. Lá dentro foi abordado por um homem que se identificou como um mago experiente chamado [Theodoro]. Ele disse que conhece as intenções do grupo, e que eles não seriam capazes de derrotar Salar Alun sem ajuda. Neste momento convidou Baltazar para ir até sua torre que ele daria a ele o segredo para deter o necromante. Baltazar aceitou e o acompanhou, seguido a distância por John. Ao chegarem na frente da casa onde [Theodoro] residia, os magos esperaram pelo rastreador e explicaram rapidamente a situação para ele. Depois disso Baltazar entrou para a conversa e John partiu para a taverna deixando sua coruja como vigia.

Ao terminar a conversa com [Theodoro] e sair da residência do mago John imediatamente percebeu através de sua coruja. Ele foi ao encontro do mago que imediatamente disse que tinha um assunto muito importante para tratar com o grupo.

Após aguardar a reunião do grupo na taverna, Baltazar explicou o que Theodoro lhe explicara: O mago Salar Alun é muito poderoso para ser detido pelos aventureiros em sua atual condição. Não há forma de vencê-lo em combate direto. A única alternativa seria confiná-lo através de uma magia especial. Esta magia foi emprestada por [Theodoro] à Baltazar em um pergaminho mágico. Porém, a magia é complexa e exigirá muito tempo para ser estudada, além de ser de invocação lenta e exigir uma cobertura do mago durante sua execução. Para completar, o ritual necessita de uma gema preciosa para aprisionar a essência do alvo.

A Gema para o feitiço

Explicada toda a situação, o grupo voltou a dividir-se. Baltazar confinou-sem em seu aposento para estudar o encantamento e os outros foram procurar pelo Capitão Eskoi, o qual havia pago pelo transporte com uma gema preciosa de cor verde. Encontraram-no bêbado e acompanhado de duas mulheres. O pirata quase iniciou um combate com o grupo, mas suas ideias estava facilmente manipuláveis - exceto quando o assunto era dinheiro. Ele não aceitou devolver a gema aos personagens, embora tenha aceitado discutir isso mais tarde e também ter avisado que ela encontrava-se com o joalheiro. O grupo então decidiu não aguardar pelo pirata e foi procurar pelo joalheiro que Eskoi falara.
Acharam-no de primeira, no grande sobrado perto do porto. Turi, o anão joalheiro, pareceu muito desconfiado do grupo, mas aceitou emprestar a pedra preciosa à Matteos depois de fazê-lo jurar várias vezes em nome do deus da honra e da justiça, Crisagom, que ela voltaria a suas mãos quando sua missão estivesse concluída.

O grupo então, com todas as peças reunidas, aguardou o anoitecer e partiu em direção a Aderbas à bordo da embarcação comandada pelo comandante pequenino Mado, o ligeiro.

(Ano 1499, dias 25/26, 1-Anaesi/2-Basvo, do mês da justiça)

 Parte 2 - De volta a Aderbas

O passado de Salar Alun

A primeira impressão que o grupo teve ao chegar na cidade de Aderbas foi de uma decadência notável. Bem diferente daquela cidade que foi vista há poucos meses, a cidade hoje possuía seus campos improdutívos e seus habitantes enfraquecidos e visivelmente desesperançados.
O grupo partiu diretamente para a prefeitura, onde buscavam encontrar Vuck Caolho, o prefeito do local. Chegando na imponente residência, Matteos iniciou as conversas explicando o trajeto dos aventureiros desde que haviam saído da cidade. O sacerdote perguntava se Salar Alun havia retornado a cidade, mas Vuck, embora lembrasse do sobrenome, não sabia detalhes e chamou o ancião do vilarejo para ajudar.

O velho senhor não demorou muito e explicou que os Alun eram uma família tradicional não só de Aderbas, mas também de Eredra. O "tal Salar Alun" abandonou o vilarejo a pelo menos 50 anos, logo após seu pai morrer. Desde então sua antiga residência, localizada ao norte da cidade, permaneceu abandonada e com fama de assombrada. Ninguém sabe do paradeiro do feiticeiro.

A mansão dos Alun e o novo destino

Certos de que o feiticeiro estaria utilizando a mansão de sua família para executar seu ritual, o grupo dirigiu-se para lá preparado para o combate. John foi o primeiro a investigar, utilizando sua coruja para voar por dentro da mansão. Com uma primeira impressão recebida, o grupo decidiu entrar pela porta principal e vasculhar. No primeiro andar encontraram diversos quadros que exibiam os ancestrais do clã, porém nenhuma informação útil a respeito do procurado. No segundo andar o grupo encontrou uma mesa de desenho com vários pergaminhos de diversos assuntos. Entre eles um mapa apontando o o altar que Matteos e Baltazar estiveram no passado, em seu primeiro contato com a maldição de Alun, e também a indicação de um covil, onde acredita-se era o local de origem dos lobos que assolaram a cidade no passado e que agora voltaram a ter atividade.

Além deste mapa o grupo encontrou uma planta da residência. Matteos foi capaz de compreendê-la, o que lhe ajudou a identificar duas entradas para as torres do terceiro andar a partir da sala adequada. Na torre sudoeste o sacerdote encontrou uma luneta poderosa que apontava para a floresta de Istril. No entanto um acidente com o piso decadente da residência o fez quebrar a luneta. Na torre que apontava para o sudeste o sacerdote encontrou uma outra luneta que apontava para o covil marcado no mapa. Desta vez o grupo foi capaz de visualizar uma reentrância no solo que possivelmente levava a alguma forma de caverna. John cogitou a possibilidade de levar a luneta consigo, mas o equipamento era muito grande e desajeitado.

Saindo da mansão do feiticeiro, o grupo dirigiu-se novamente até a casa de Vuck Caolho pedir ajuda para conseguir transporte. Conversando com o prefeito estava Volf, um sacerdote de Crisagom que despertou alguma sensação de que já era conhecido por Matteos. Após alguns instantes de conversa, Volf decidiu acompanhar o grupo até o covil das criaturas. Eles partiram imediatamente a pé, resolvendo nem mesmo descansar a noite para que pudessem logo encontrar o amaldiçoado feiticeiro Salar Alun, e chegaram após o pôr do sol no covil que haviam visto pela luneta da mansão. 

(Ano 1499, dia 26, 2-Basvo, do mês da justiça)

Parte 3: O paradeiro do Necromante

O covil dos lobos para o qual os personagens dirigiram-se era escuro e pedregoso. A apresentação era de uma caverna pequena, mas assim que passava-se da entrada o local se ampliava e percebia-se um grande complexo subterrâneo. O grupo logo se deparou com lobos ferozes. Eles atacavam o grupo desenfreadamente, embora não tivessem porte ou força para fazer frente por muito tempo, e logo acabaram todos derrotados. O grupo então seguiu vasculhando a caverna, procurando por alguma forma de encontrar o feiticeiro. Coletaram os cogumelos brilhantes que acharam e finalmente encontraram uma grande porta encravada nas rochas.

Após alguns instantes de reflexão, o grupo lembrou-se do artefato de Imidril, e utilizou-o como chave na abertura da parede. Com um pesado deslize a porta se abriu e revelou um corredor. Seguindo pelo caminho que se abriu, o grupo subiu uma escada e chegou a um corredor comprido formado por duas encostas muito altas. No fim deste caminho uma enorme porta metálica entreaberta levaria a uma sala construída de rochas, iluminada por archotes



Os aventureiros passaram a vagar pelos corredores da estrutura, enfrentando esqueletos, quando surgiam. Embora as criaturas fossem fracas, elas estavam minando as forças dos lutadores e eventualmente conseguiam desferir golpes poderosos, como fizeram primeiramente em Matteos, e depois em John.

Ao encontrarem uma escada para cima, o grupo chegou a uma andar com um longo corredor. A porta que havia em sua parede lateral levava a uma grande sala, mas a porta era impedida por um grande buraco com corpos de humanóides atirados em seu interior. Do outro lado Salar Alun parecia trabalhar em uma mesa de operação ou laboratório de alquimia. Ao ver o grupo o feiticeiro não hesitou em lançar-lhes uma bola de fogo como boas vindas.


Desviando do projétil do inimigo, o grupo resolveu apressar-se em procurar outra entrada para aquela sala. Contornaram toda a peça pelo corredor em que estavam, encontrando com inimigos esqueletos mais bem armados do que vinham deparando-se até o momento. Após derrotarem um total de quatro mortos vivos, o grupo abriu a porta que levou-lhes finalmente atá a sala onde Salar Alun parecia preparar seu malévolo ritual. Porém, a sala estava protegida por dezenas de mortos-vivos zumbis e esqueletos.


Logo no início do combate o grupo estabeleceu uma formação na sala para dar cobertura para Baltazar, que deverá aproveitar-se do tempo para invocar o ritual de aprisionamento. Enquanto isso, Matteos foi muito ligeiro ao esconjurar mais de meia dúzia de mortos vivos. O combate que estava prestes a iniciar marcaria o fim ou um novo início dos planos do necromante Salar Alun.

(Ano 1499, manhã do dia 27, que será a Noite de Entendimento Entre os Povos, 3-Calcato, mês da justiça)

Parte 4 - O fim da maldição

A batalha final contra o Necromante Salar Alun



O confronto contra Salar Alun começou com movimentos defensivos do grupo de aventureiros. Porém, em poucos instantes os zumbis que ainda não haviam sido imobilizados partiu para o ataque. Rasmuz Brunt formou a primeira linha de defesa ao lado de John, enquanto Matteos e Volf mantinha a segunda linha.


A batalha parecia fácil até que o próprio Salar resolveu envolver-se. No momento em que começou a conjurar feitiços, o mago encantou Matteos, John e Brunt com pavor em suas mentes, obrigando-os a se afastar. Volf, que ainda permanecia com sua coragem inabalada, foi alvo de um estrondoso relâmpago, que o abateu.


Os dois mortos-vivos ajudantes de Alun carregavam armas diferenciadas dos outros. Eles formavam uma defesa mais resistente contra os heróis que tentavam se aproximar. Enquanto a batalha corria, Baltazar invocava seu feitiço, que por sua natureza era lento e complexo.


Salar Alun continuava a atacar o grupo com suas poderosas magias, e em determinado momento Rasmuz Brunt viu seu corpo controlado pelo próprio mago, obrigando o rastreador e o paladino a recuarem. Com o arremesso de uma bola de fogo na direção do mago que invocava o feitiço salvador, John se obrigou a colocar-se como escudo, sendo atingido e profundamente ferido, ficando incapacitado para o resto do combate. Restava Matteos para impedir o pior.


Momentos antes do feitiço que Baltazar preparava ser invocado, Salar Alun desferiu um novo e ainda mais estrondoso relâmpago contra Matteos Daron. O paladino conseguiu interpor o feitiço com seu escudo que, entretanto, esfacelou-se com o golpe. A mercê do necromante, Daron atacou um zumbi que se aproximava antes de ver Baltazar gritar as últimas palavras de uma magia que já parecia ter uma evocação infinita. A gema preciosa que fora conseguida com sacrifício do comerciante em Dirram foi arremessada e Alun, alheio a seu efeito, tentou rebatê-la com seu cajado. Foi assim que o encantamento foi iniciado.


Uma grande bolha esverdeada passou a circular o feiticeiro. Ele foi sendo aos poucos sendo absorvido pela pedra. A magia de Baltazar parecia ter funcionado em seu pleno efeito e o necromante em alguns segundos foi absolutamente absorvido pela gema. Ao mesmo tempo, a orientação que os mortos vivos haviam recebido parecia ter desaparecido, pois agora eles vagavam a esmo pelo salão. Os sobreviventes, inclusive Rasmuz que havia retomado o controle de seu corpo com a derrota de Alun, recolheram os incapacitados para uma sala segura e, então, Matteos e Brunt voltaram ao grande salão para recolher a gema que continha a essência de Salar Alun e procurar por uma poção mágica que fosse capaz de restaurar a consciência de pelo menos um dos abatidos: John ou Volf.


Matteos foi bem sucedido em sua missão e retornou uma única poção, que serviu para restaurar a energia de John. Feridos e com missão cumprida, o grupo então retornou pelos corredores da fortaleza de volta à quente madrugada do verão de Eredra.


(Ano 1499, madrugada do dia 28, 4-Moldio, mês da justiça)

Destinos


Ao saírem da fortaleza de Alun o grupo aproveitou a noite para recuperar-se. Matteos revitalizou Volf com o auxílio de Crisagom.


De volta a Aderbas os heróis foram recebidos por heróis. No templo de Sevides receberam cuidados especiais do pregador, e em pouco tempo já havia sido combinada uma grande comemoração para o grupo. A cidade havia mudado sua expressão. A aura de medo e pessimismo que a assombrava até poucas horas atrás havia sumido completamente no decorrer da noite seguinte, graças ao grupo.


A noite dos justos, vépera de fim de ano, foi em homenagem aos heróis de Aderbas. Após as comemorações, com suas missões cumpridas, cada aventureiro tratou se retomar suas próprias jornadas.


Rasmuz Brunt seguiu a busca por seus filhos, que não fora solucionada com a prisão de Salar Alun.


John Lindoier dirigiu-se a floresta para buscar conhecimento sobre o ambiente natural.

Baltazar Crowley retornou para Aderbas, onde pretendia encontrar Liona, a bibliotecária que os ajudou no início da jornada.


Matteos foi convidado por Volf para ingressar na Ordem dos paladinos de Crisagom. Ele aceitou com honra e partiria com o companheiro.


Assim o grupo se dispersou com missão cumprida. Entretanto, após sua grande aventura, eles já foram permanentemente conectados e, talvez, um dia, voltem a agir juntos.


(Mudanças entre os anos de 1499 e 1500 - Dia 29 do mês da Justiça, a Noite dos Justos, e o dia da renovação, na Festa do Ciclo Natural da Vida)




A Praga da Terra, 1º campanha
FIM

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