quarta-feira, 22 de julho de 2015

(HH) Capítulo 6: A fortaleza abandonada

PARTE 1: ENTRANDO NA FORTALEZA


Mapa da Fortaleza
Após deixarem a vila dos bárbaros, o grupo distanciou-se o que pode e acampou. Pela manhã eles já discutiam seu novo trajeto. As alternativas giravam em torno de seguir subindo a montanha ou ir em direção à fortaleza que Stor havia copiado o mapa. A primeira alternativa permaneceria em seus objetivos originais. A segunda, contudo, além de poder gerar riquezas, também poderia trazer informações úteis sobre o Cajado das Tempestades, uma vez que uma fortaleza no local certamente é um bom local pra proteger uma relíquia.

Guiados por Tom, o grupo cavalgou por um dia inteiro até que, na manhã seguinte, com uma atenção perspicaz e uma grande ajuda do mapa elaborado por Stor, foram capazes de encontrar a entrada secreta para a Fortaleza. Graças a este mapa, todos sabiam quais as portas que possuíam armadilhas, bem como as passagens secretas para evitá-las. Assim que entraram no compartimento apertado, seguiram por um corredor até a segunda sala. Ali logo seguiram para o norte e, sem muita demora, partiram para a porta ao leste.

Duas estátuas causaram um pouco de receio no grupo. Stor, utilizando seus poderes, afastou as armas da espada em formato humano. A outra estátua, que tinha tamanho humano, mas também tinha dois chifres na cabeça, foi deixada em paz.

O grupo seguiu para a sala ao norte, encontrando uma piano e bancos, além de uma estante de livros. Era obviamente uma sala de música, embora a estante possuísse livros de todos os tipos. Stor e Demétria vasculhavam as estantes, e o mago encontrou, em um dos livros, três fórmulas alquímicas que não teve tempo de analisar.

Seguindo por uma passagem secreta ao noroeste da sala, o grupo deparou-se com uma enorme sala de jantar. Contudo, o grupo reparou que existiam muitos esqueletos espalhados pela sala. Eles estavam quietos, e não pareciam agressivos. Alguns outros esqueletos no chão pareciam mortos, porque Tom desmanchou um para confirmar.

O grupo resolveu formar uma barricada com a primeira mesa que encontrou e preparar um ataque contra os esqueletos. Eles eram muitos, mas a estratégia era derrubar todos antes que eles pudessem causar um estrago maior.

(Terras Centrais, dias 23 e 24 do mês de Eleint, o Devanescer, do ano de 1480)

PARTE 2: O COMBATE CONTRA OS ESQUELETOS


Ainda um pouco indecisos quanto ao próximo passo, o grupo estudava o movimento dos monstros atrás da barreira que criaram com a mesa até o momento em que Stor, em um lampejo de iniciativa, resolveu-se a iluminar o centro da sala. Ele encantou uma peça qualquer que encontrou no armário perto do grupo e atirou-a ao meio da sala de jantar. Ali o grupo pode perceber que tratavam-se de pelo menos duas dezenas de mortos-vivos. Contudo, a ação do mago alertou os monstros, que passaram a atacar o grupo desordenadamente.

Protegendo-se atrás da mesa, o grupo lutava contra os monstro rebatendo seus ataques e derrubando aqueles que conseguia atingir. Os inimigos não conseguiam atacar em grandes grupos de uma única vez graças a estratégia adotada, que impedia que os monstros cercassem qualquer dos aventureiros. O combate se desenvolvia de forma lenta, mas favorável aos heróis.

Com o avanço da batalha e a percepção de que sua estratégia estava surtindo efeito, os aventureiros mostravam mais confiança. Arthur ficou no limite da barricada para enfrentar os esqueletos. Embora desta maneira ele tinha ao alcance mais inimigos, isso também significava que mais inimigos o tinham ao alcance. Arthur teria caído não fosse por Bruce, que vendo a situação difícil de seu senhor resolveu agir e assumir momentaneamente a posição. Porém, o jovem espadachim não resistiu por muitos instantes e logo destrocou as posições com Arthur, já recuperado graças às magias de Giles e Demétria.

O mago tinha a vantagem dos inimigos estarem agrupados e não serem inteligentes. Vinha dele os ataques que destruíam ou retardavam a maior parte dos inimigos. Diversas vezes suas magias mantiveram um grande grupo de mortos vivos afastados da mesa, dando tempo para que os outros pudessem respirar por alguns segundos antes de voltarem a impedir o avanço adversário.

Quase no final da batalha, com a ilusão do combate vencido, foi Tom que resolveu agir temerariamente. O jovem subiu na ponta fina da mesa virada e atingiu um dos esqueletos com sua lança. Contudo, o próximo a atacar-lhe atingiu seu joelho esquerdo com uma espada. O golpe forte o derrubou direto no chão, cercado por muitos monstros. O bárbaro foi surrado nos segundos que vieram, até que sua fúria o fez levantar. A batalha, porém, já se encaminhava para o final, e os aventureiros saíram com uma vitória gloriosa, mas cansativa, contra os tantos inimigos que enfrentaram.

A jornada pela fortaleza parecia mal ter começado e o grupo já senti-se cansado. Mesmo assim eles pretendiam seguir em frente e descobrir o que há neste local antes da chegada do pelotão de Froggest, o bárbaro que os capturou alguns dias atrás, que eles sabiam estar a caminho.

(Terras Centrais, dia 24 do mês de Eleint, o Devanescer, do ano de 1480)


PARTE 3: A EXPLORAÇÃO CAUTELOSA


Após o combate contra os mortos vivos, o grupo continuou avançando pela fortaleza lentamente, mas preocupados com a chegada do grupo do Draconato. Stor tentava manter o grupo longe das armadilhas enquanto lia o mapa que copiara do bárbaro, enquanto Arthur demonstrava ansiedade e pressa em chegar de uma vez ao destino.

Arthur era o primeiro a abrir as portas, e partiu primeiramente para um dormitório, ao norte da sala de jantar onde estavam. Tentando evitar todas as armadilhas e vasculhando todos os armários, os aventureiros não conseguiam prosseguir com muita agilidade. Conseguiram encontrar, de anormal, apenas um frasco com restos de alguma substância mágica desconhecida. Arhur, em um momento de afobação, abriu uma porta após não compreender uma informação passada por Stor. O guerreiro ativou alguma magia estranha que o fez sentir-se com o peito sufocado. A sensação passou a acompanhá-lo mas, pelo menos de imediato, não causara maiores transtornos.

Pela saída do leste, o grupo chegou a uma sala de treinos. Resolveram não explorar mais por este caminho que levava à entrada, pois percebiam sinais de que o grupo de Froggest já estava tentando penetrar no local. Eles ainda entraram brevemente a uma dispensa e em seguida ativaram uma armadilha em uma sala que acabaram desistindo de investigar.

Do dormitório, o grupo seguiu para para um vestiário e banheiro. A seguir encontraram um templo, onde Giles reconheceu menção a vários deuses, mas especialmente Malar. Desta mesma sala o grupo identificou dois locais suspeitos e aparentemente perigosos. O primeiro deles dispunha de uma estátua logo a frente da porta. Esta estátua transbordava magia em suas mãos, e assim Stor achou melhor não prosseguir nesta direção. A outra sala, anexa à primeira, possuía duas estátuas de cobras gigantes colocadas simetricamente ao lado das portas. Da mesma forma, embora não houvesse magia envolvida, o grupo achou melhor não bisbilhotar o local.

De volta ao templo, o grupo seguiu pela saída noroeste. Lá encontraram um altar com algum líquido aparentemente necromântico sobre ele. Embora tenha pensado em usar o frasco encontrado para armazenar o líquido, Stor logo abandonou a ideia por não ser capaz de prever se alguma reação indesejada pudesse ocorrer com os resíduos que ainda estavam no frasco. Arthur então resolveu quebrar o vaso e, com uma espadada, ele o partiu em dois. Contudo, sua lâmina arrastou parte do líquido que respingou-lhe no rosto. A dor não foi forte, mas a feia marca que deixou era visível e, talvez, permanente.

Para não prosseguir por uma parte desconhecida do mapa, o grupo retornou e seguiu na porta sul do templo. Eles chegaram a uma espécie de hoploteca, onde encontraram uma pequena lâmina de adaga estranha, que Tom guardou - o bárbaro curiosamente parece ter uma fascinação transcendental por adagas. A partir desta mesma sala o grupo chegou a uma oficina de armeiro, com uma forja e uma fornalha ainda quente.

Finalmente, o grupo chegou a uma prisão Lá estava um ciclope preso em uma jaula que Arthur conseguiu dialogar e descobrir que ele se chamava Galdar, o amigo que Froggest viria atrás. O draconato, a esta altura, talvez já estivesse dentro da fortaleza, uma vez que o grupo percebeu que alguma armadilha, provavelmente a da entrada, foi ativada várias vezes antes de, aparentemente, falhar.

Arthur fez amizade com o ciclope, que apesar de não prezar pela inteligência, ficou muito agradecido com o guerreiro e demonstrava isso. Com o ciclope ao seu lado, o grupo se encorajou a prosseguir explorando a fortaleza. Partiram para a sala ao sul, onde haviam ativado uma armadilha mais cedo - esta já estava vencida - e resolveram procurar a sala secreta que constava no mapa. Infelizmente, isso alertou seis gárgulas nesta mesma sala. Arthur gritou para que o gigante os ajudasse, e ele quebrou uma das estátuas com os punhos. Contudo, as outras seis que se mexiam não pareciam contentes...

(Terras Centrais, dia 24 do mês de Eleint, o Devanescer, do ano de 1480)

PARTE 4: BATALHAS


A luta contra os gárgulas começou com a fúria de Galdar derrubando uma das estátuas. A seguir, todos se envolveram na batalha. Stor, que no início encontrava-se no meio da sala, foi um dos alvos mais visados. Ele foi atacado inicialmente por uma criatura, mas conseguiu afastar-se para longe.

Arthur, que havia ativado uma armadilha poucas horas atrás, teve o efeito dela liberado apenas no instante em que ficou frente a frente com o gárgula. Um medo inexplicável tomou conta de sua mente, e ele não conseguiu fazer outra coisa se não fugir. O guerreiro teria deixado a cena do combate, não fosse um encantamento poderoso escaramuçado de canção invocado por Demétria a devolver-lhe a coragem.

Bruce, com sua típica coragem, pôs-se a combater uma das criaturas. Tom ajudava-lhe segurando o gárgula por trás. Contudo, a distração durou apenas o tempo para que o gárgula conseguisse arrancá-lo de suas costas e jogá-lo contra Bruce e a magia que Stor acabara de criar.

Galdar ainda era o que mais atraía os gárgulas. O ciclope era capaz de lutar contra vários simultaneamente. Em determinado momento, eram quatro estátuas vivas enfrentando-o ao mesmo tempo. Uma delas foi destruída, e o gigante aproveitou um dos braços de pedra como arma. Tom tambérm se aproveitou dos restos de uma estátua ao pegar o malho que ela carregava.

A batalha prosseguiu por alguns instantes até que a última estátua foi derrubada pelo gigante. O grupo sofreu bastante com o combate, e acabou esgotando grande parte de suas últimas alternativas. Mesmo assim, o grupo resolveu seguir em frente e partir para a sala desconhecida, além da passagem secreta que estava atrás da estátua que deu origem ao combate.

A área seguinte era um quarto. Ela tinha uma saída através de uma porta fechada em que ouvia-se som do outro lado. Galdar foi orientado a passar primeiro, e assim fez. Além da porta o grupo encontrou um grupo de três demônios: um câmbion e dois Barbazus. Quando Galdar anunciou que aquele era o monstro que o havia prendido, Arthur não perdeu tempo e atacou o câmbion, nitidamente o líder dos três.

A batalha que se prosseguiu foi rápida. Inicialmente o demônios se mostraram bastante fortes, ferindo bastante o ciclope e atingindo com força Arthur e Tom. Com o desenrolar, porém, a superioridade numérica dos aventureiros fez a diferença. Além de Tom, Stor foi um dos mais ameaçados, pois enquanto os guerreiros concentravam-se no líder, um dos barbazus o atacou. Não fosse por Giles e depois por Tom, talvez o mago teria perecido.

Em seus momentos finais, o cambion implorava que os ataques sobre ele cessassem. Mesmo assim, nem Arthur nem Galdar demonstrou piedade e o demônio foi atacado até sua completa aniquilação. Aquele que permaneceu vivo após a morte do líder foi superado rapidamente pela reunião dos guerreiros do grupo.

Vencida a batalha, o grupo foi surpreendido pela chegada de Froggest e seus soldados. Surpreso por ver Galdar ao lado do grupo, o draconato ficou inclinado a deixá-los em paz. Seu xamã insistia que eles deveriam ser mortos, pois obviamente enganaram toda a aldeia dos bárbaros e foram responsáveis por todo o transtorno que eles tiveram para livrarem-se dar armadilhas ao entrarem na fortaleza. O que trouxe o draconato para o lado dos aventureiros foram as palavras de Galdar favorecendo os aventureiros e, especialmente, Arthur. O ciclope sensibilizou-se por ter sido libertado e parecia ter pego carinho pelo cormiriano.

Decidido que uma batalha contra os bárbaros não ocorreria, Arthur cumprimentou Froggest e este pediu que os aventureiros deixassem a fortaleza. Eles obedeceram, mas resolveram sair pela entrada principal, agora com as armadilhas desativadas, e aproveitariam para descansar um pouco enquanto vasculhavam o laboratório alquímico na fortaleza.

Eles não encontraram nada de grande valor no laboratório, e então deixaram a fortaleza e voltaram aos cavalos para acamparem pela noite que se iniciava. O grupo tinha seu destino definido: iriam até a Entrada para o Inferno, no alto da montanha. Contudo, antes de seguirem viagem, eles resolveram que iriam até o Observatório de Escamas, que não estava longe.

(Terras Centrais, dia 24 do mês de Eleint, o Devanescer, do ano de 1480)

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