quarta-feira, 29 de julho de 2015

(HH) Capítulo 7: O senhor do observatório

O Paladino Andarilho

Após deixarem o acampamento próximo à Fortaleza Abandonada, o grupo dirigiu-se ao Observatório de Escamas na tentativa de conseguir abrigo e informações a respeito do Cajado das Tempestades. Mesmo esperando encontrar sinal de civilização, eles foram surpreendidos pelo desenvolvimento da pequena vila que encontraram: um pequeno, mas bem pavimentado, com comércio e uma estalagem confortável.
   
O clima castigava os viajantes, pois o sol não se mostrava e o frio reinava ao meio dia, com um pouco de chuva para atrapalhar. O grupo então resolveu dirigir-se direto à estalagem, onde teriam algum brigo. A dificuldade que tinham, neste momento, seria pagar pela estadia, uma vez que tiveram suas moedas roubadas pelo draconato Froggest quando foram capturados nas Vila dos Bárbaros.

Enquanto isso, o paladino Dalaran, um meio elfo em uma jornada solitária atrás de uma escrava perdida no mundo, conversava com o velho Barnabás, um ex pescador do rio, e perguntava-lhe sobre suas façanhas. O paladino viu a entrada do grande grupo de aventureiros e percebeu a situação financeira complicada que eles se encontravam quando Arthur, embora altivo e obviamente de sangue azul, tentava negociar uma adaga pela estadia do grupo na estalagem. Curioso e interessado pela história, Dalaran intrometeu-se e comprou a adaga do grupo por 10 moedas de ouro, fornecendo-lhes dinheiro para pagar o local.

Os sete, então, reuniram-se e conversaram. Dalaran apresentou-se e disse que vinha do oeste e estava atrás de uma moça que chamara-se Frida, embora hoje o nome possivelmente tenha mudado. Esta mulher, humana, seria uma escrava ou uma refugiada nos reinos à oeste. Ele questionou Arthur sobre a política de Cormyr sobre abrigo de refugiados, e ficou interessado por buscar pela mulher nas terras do tirano Lorde Garr.

Com a conversa, o paladino decidiu que acompanharia o grupo. Viajar sozinho ainda não lhe tinha trazido resultados e era perigoso. Além disso, a proposta de procurar por Frida nas terras do Lorde Garr auxiliado pelos recém conhecidos aventureiros era promissora. Foi então que ficou decidido que o grupo agora era composto de sete aventureiros.

Ainda durante a conversa, um mensageiro do senhor da torre interrompeu ao entrar na estalagem e comunicar ao paladino que seu pagamento estava pronto e que o senhor da torre queria ver todos os estrageiros. Ele os aguardava na Torre, para onde o grupo deveria dirigir-se. O mensageiro partiu sem aguardar pelos aventureiros, que não demoraram em ir conhecer esta pessoa misteriosa.

O Senhor da Torre


O Observatório de Escamas era uma torre alta, de pedras cinza escuras, coberto parcialmente por plantas em sua parte intermediária. Era muito alto e tinha um formato trapezoidal. O grande portão de entrada tinha quase seis metros de altura e quase quatro de largura, mas era protegido por apenas um guarda mal armado. Este porteiro, como seria mais adequado chamá-lo, permitiu a entrada do grupo assim que eles se apresentaram.

A torre não possuía muitas janelas. Pequenas tochas encarregavam-se da maior parte da precária iluminação. A escada circular, localizada no centro da torre, passava por seis andares andes de chegar ao alto. Durante a subida o bárbaro Tom Bash percebeu que o local havia sido visitado por alguma grande criatura - talvez um wyvern. O cheiro e as marcas de patas indicavam que monstros ainda residiam no local. O andar intermediário, o quarto, era maior e mais alto do que os outros.

A chegada do último andar era uma sala de estar. A porta que se seguia, protegida por uma mulher feia e estranha, tão mal armada quanto o porteiro do térreo, seguia para um grande laboratório, onde encontrava-se o Senhor da Torre. Ele estava em frente a uma espécie de tronco, onde um orc estava amarrado. O Senhor da Torre, que era um elfo de capuz, encarava-o como se analisasse algo. Ao perceber o grupo, o Senhor da Torre aproximou-se.

"Eu aguardava por vocês", disse o Senhor da Torre ao aproximar-se. "Meu nome é Viriuns", apresentou-se. Obviamente um usuário de magia - certamente um mago, reconhecia Stor - ele mostrou que sabia muito mais do grupo do que eles imaginavam que ele pudesse saber. Ele referia-se a cada um pelos seus nomes, além de conhecer a origem e os objetivos dos aventureiros. Mesmo intrigados, os aventureiros ouviram tudo que ele tinha para dizer.

Víriuns informou que sabia a localização do Cajado das Tempestades. Ele indicou a Mina de Sarmil, na Entrada para o Inferno. Disse que o Cajado estava de posse de um demônio, e que o grupo precisaria arrancar-lhe a força. O mago parecia preocupado com o destino do Cajado. Ele sabia que o Lorde Garr desejava o artefato e que seus objetivos não poderiam ser benignos ao mundo. Antes de terminar, o Senhor da Torre ainda disse que nunca preocupou-se com o cajado estar nas mãos de um demônio porque seu poder não pode ser controlado por uma alma corrompida.

O Senhor da Torre ainda convidou Stor para ficar na torre e compartilhar conhecimento. Stor, aproveitando-se da situação, orientado por Tom, pediu para usar o laboratório para preparar algumas poções. Assim, enquanto os seis do grupo deixavam a torre em direação à estalagem, Stor ficou e iniciava a pôr em prática as fórmulas que havia encontrado.

A uma hora que levou para que as poções ficassem prontas foi o tempo necessário para Víriuns terminar sua análise do orc aprisionado. Ao que Stor percebeu, o Orc havia morrido no fim do experimento. O Senhor da Torre então levou-o até o andar mais amplo e apresentou-lhe um dragão verde vivo, paralisado, que ele guardava para estudos. "Eu gostaria que trouxessem o cajado até mim depois de pegá-lo", disse Vírius a Stor. "Eu quero estudá-lo um pouco antes de devolvê-lo a você. Por favor, pense nisso". Esse foi o pedido do Senhor da Torre para Stor antes deles encerrarem a conversa e o mago retornar a seus companheiros.

Decidindo os rumos

Enquanto Stor estava na torre, o restante do grupo retornou para a estalagem. Eles tinham bastante o que conversar, mas preocupava-lhes o fato do mago Víriuns saber tanto sobre todos. Assim, eles acharam melhor não discutir detalhes sobre suas intenções enquanto estavam na área de influência do Observatório. Na estalagem, os aventureiros aproveitaram o tempo para apresentarem-se melhor. Demétria sacou sua flauta e bandolin e divertiu os poucos que visitaram o local, e o grupo teve uma boa noite de sono.

Na manhã seguinte o bárbaro Tom já dirigiu-se até o estábulo logo cedo. Ele verificava os cavalos quando Bruce o encontrou. Os dois tiveram uma conversa rápida, onde Bruce parecia interessado em usar um escudo para lutar, além de demonstrar preocupação por Demétria não ter aptidão para usar uma arma tão pesada quanto uma espada longa. A conversa terminou com a reunião dos sete, que então iniciaram a longa jornada, com previsão de pelo menos uma semana, até mina de Sarmil.

Foi na estrada que o grupo iniciou aquela discussão que temiam ter nos limites do Observatório de Escamas. Stor disse o que ouviu do mago, e era consenso entre os aventureiros que Víriuns não era totalmente confiável. Arthur sugeria que ele poderia estar apenas usando o grupo para resgatar o cajado, e então roubá-los. Mesmo preocupados quanto aos riscos, os aventureiros não tinham outra alternativa a não ser seguir viagem e buscar o Cajado, uma vez que precisavam dele.

Ao menos agora tinham mais um aliado para lutar ao seu lado...

(Picos Nebulosos, dia 25 e 26 do mês de Eleint, o Devanescer, do ano de 1480)

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