segunda-feira, 18 de maio de 2015

(HH) Capítulo 4: A jóia mais secreta de Helús

Parte 1: A ameaça de Lorde Garr


O acampamento destruído


Após derrotar o grupo de bandidos na clareira, os aventureiros recolheram os bens que poderiam ter algum valor e amarraram o prisioneiro.

Arthur e os outros decidiram levá-lo a julgamento na cidade de Helús.

Os aventureiros se dividiram em dois grupos para fazer a segurança durante a noite. Apenas no final do expediente, quando Arthur e Bruce estavam na vigilância, que um grupo de cavalos foi percebido. Arthur imediatamente acordou a todos para que ficassem a postos, esperando o que poderia ser uma mensagem aos bandidos. Entretanto, o grupo de cavaleiros que se aproximou não buscava os bandidos derrotados, e passou sem perceber os aventureiros, que também não interferiram na jornada deles.

O grupo parou no meio dia para fazer sua refeição na Vila da Estrada, que havia sido destruída dois dias atrás pelos bandidos. Por solidariedade, Arthur procurou a mulher que ele havia visto no outro dia para compensá-la pela tragédia. Quando a encontrou, em casa, o cavaleiro entregou a mulher 100 moedas de ouro, das 150 que eles haviam pilhado no acampamento dos vilões. A mulher ficou muito surpresa e espantou-se com a quantidade. Agradecida, ela se despediu e garantiu-lhes que eles poderiam voltar quando quisessem.

A jantar no castelo


Os dois dias seguintes foram de uma longa, mas não muito árdua jornada até Helús. Os aventureiros foram bem recepcionados desde a entrada nos primeiros portões da cidade, até que nos portões do castelo Liene pediu que a princesa Justina fosse avisada da chegada deles. Com a chegada da linda princesa, Liene desmontou e a abraçou. Arthur veio em seguida, e logo todos se cumprimentaram. O prisioneiro que o grupo fez na acampamento foi levado para a masmorra para que pudesse ser julgado, a princípio, nos termos do rei.

Cada um direcionado a um ótimo aposente, Tom e Stor sentiram-se um pouco desconfortáveis com o luxo. Um camareiro foi designado para cada um deles, mas os dois exóticos não pareciam muito habituados. Oposto a isso, Arthur sentia-se bastnte confortável, e tratou de utilizar um traje apropriado para o jantar da noite que chegava, ornado apenas com sua espada Virengan, conquistada na última batalha.

O rei foi apresentado ao grupo logo na chegada da sala de jantar. Justina falava muito bem de todos, e o Rei Justus os esperava em grande apreço. Arthur foi o mais falante, e aparentemente conseguiu conquistar a simpatia do monarca. Justina, que tinha um "segredo" para revelar para o pai, teve seus planos arruinados quando a chegada do Lorde Garr foi inusitadamente anunciada. Sem ação, Arthur sugeriu que a princesa lhe passasse o anel por debaixo da mesa. O tirano cumprimentou a todos, guardando especial simpatia por sua prometida, a princesa Justina, e por seu amigo, o Sir Arthur.

Lorde Garr estava acompanhado de seu inseparável escudeiro Erik. Ambos sentaram-se à mesa e uma conversa inicialmente amistosa começou. Assim que todos terminaram suas alimentações, Arthur iniciou uma conversa que não parece ter agradado demais seu "amigo" Lorde Garr. Arthur, após algumas bonitas palavras de acalentação ao Lorde tirano, apresentou o pergaminho carimbado por Riátida que ordenava o ataque à Vila na Estrada.

Arthur insinuou sutilmente que Lorde Garr poderia saber do ocorrido, mas tentava manter a classe e a oportunidade do Lorde defender-se. Ao pegar o pergaminho em suas mãos o Lorde, naturalmente, negou e acusou a carta de ser falsa.

Ainda na mesma conversa, Arthur apresentou o Anel do Sangue Púrpura a todos, dizendo que eles tinham o resgatado dos bandidos que queimaram a cidade. Garr estava nitidamente furioso, e dizia que este anel seria dado à Justina como presente de casamento. Frustrada suas intenções, o Lorde parecia decidido a não pegar o anel de volta. Contudo, sua fúria parecia que se dirigia, agora, contra o rei Justus. Solicitando uma conversa em particular, o tirano fez com que todos deixassem a sala de jantar.

Erik foi até Arthur assim que deixaram a sala de jantar e pediu-lhe para ver o prisioneiro. Arthur não negou, mas não aprovou naquele momento.

Stor e Tom seguiram o escudeiro de Garr até seu quarto, e então dirigiram-se par a biblioteca, onde sabiam que o rei iria depois e onde Giles já aguardava.

Arthur acompanhou a princesa até a entrada de seu quarto. Justina estava muito abatida e sensível pelo ocorrido no jantar, e Arthur estava conseguindo acalmá-la. Uma tentativa do calvaleiro de aproximar-se mais da princesa se demonstrou um erro naquele momento, embora nenhuma palavra rude tenha sido trocada. Após as despedidas, Van Ser dirigiu-se a biblioteca para aguardar o rei.

A Conversa com o Rei

Giles buscava leituras agradáveis na biblioteca até a chegada de Tom e Stor. O bárbaro, semi-analfabeto, precisava da ajuda dos dois amigos mais cultos para lhe ajudar a buscar informações sobre a família Robery. A dupla não teve muito tempo para pesquisar, e o rei chegou e foi ter com Arthur em uma mesa de estudos.

O rei Justus também parecia muito abatido. A conversa que havia tido com o Lorde Garr certamente o supreendeu. Arthur iniciou o diálogo dizendo tudo que o grupo tinha passado no Forte Ruim e em Villegard, e o rei o escutou atentamente. Arthur demonstrava confiar no rei, e explicitamente oferecia ajuda à sua filha, Justina Herús.

O monarca acreditava em sua filha, e ela confiava em Arthur e nos outros. Dito isso, Justus começou a explicar para Arthur que o Lorde Garr é muito mais ambicioso do que no início ele imaginava. O Lorde deseja não só a mão de Justina, mas também os poderes ancestrais garantidos à Helús - que hoje estão esquecidos, infelizmente. Garr demonstrou conhecimento sobre uma arma ancestral chamada de Cajado dos Corvos, cujas lendas descrevem como capaz de invocar tempestades e controlar a mente de dragões. Stor já ouvira falar sobre tal artefato, embora sempre na forma de lendas.

Justus não possuía o cajado no tesouro de Helús. Assim como estava o Anel do Sangue Púrpura, o Cajado dos Corvos há muito estava perdido. O rei disse à Garr que ele fora roubado há muitas décadas atrás por um dragão da montanha. Garr, enfurecido, disse que iria resgatar a arma. Com medo, o rei pediu a Arthur que fizesse algo: Garr não pode pegar este artefato, pelo bem de Helús e de toda a região.

O grupo ouviu o rei atentamente até que ele, cansado, retirou-se para seus aposentos. Os aventureiros aceitaram ajudar rei, que comprometeu-se a passar novas informações com o raiar do sol. Agora, os aventureiros dirigem-se à masmorra para encontrar o prisioneiro.

Terras Centrais, dias 5 a 9 do mês de Eleint, o Devanescer, do ano de 1480

Parte 2: Destino: O Pico Desolado


Ao chegarem na masmorra, o grupo deparou-se com Erik, que pedia para ver o prisioneiro. Arthur fez questão de acompanhá-lo. Quando pediu para conversar em particular com o homem e Arthur recusou o pedido, Erik deixou o local. Stor, então, assumiu a conversa enquanto os outros, exceto Tom, se retiraram.

A conversa do mago com o prisioneiro foi muito produtiva a partir do momento em que seu encantamento surtiu efeito. Stor teve a oportunidade de fazer várias perguntas, e descobriu (a) que Fux, o homem que passava as missões ao grupo mercenário, é um soldado de Riátida, (b) que as mensagens sempre eram passadas à Rugim enquanto os jogos aconteciam na arena, (c) que os encontros eram na Taverna dos Destemidos e (d) que o pagamento que recebiam eram em moedas de Riátida.

Stor também chamou Arthur para fazer algumas perguntas, mas o guerreiro já tinha informações suficientes. Algumas dúvidas foram tiradas com respeito à família do prisioneiro, e nada mais.


Na manhã seguinte o grupo encontrou-se novamente com o rei. Justus apresentou ao grupo a meio-elfa Demétria, e informou que ela acompanharia o grupo pelas montanhas. Ela conhece toda a região será um bom acréscimo aos heróis como viajantes. Ele deu ao grupo uma adaga mágica, chamada punhal de Mefisto, e o bálsamo da ressurreição em um pote de louça. Também deu liberdade ao grupo para se equiparem antes da partida que seria, segundo Arthur, na tarde do mesmo dia.

Enquanto isso, Tom foi ao estábulo para encontrar um mensageiro arranjado pelo camareiro que lhe ajudou enquanto em Helús. O mensageiro deveria levar o escudo de madeira confeccionado por ele mesmo até sua mãe, Grace Jones, que ainda vivia em sua aldeia. O mensageiro, de confiança segundo o camareiro, partiu em um cavalo resgatado dos mercenários.

Bruce ficou responsável por preparar os cavalos para a jornada. A carruagem de Van Ser ficaria em Helús, pois a intenção era viajar o mais rápido possível - o que já será difícil pelas montanhas mesmo apenas com os cavalos. Liene não acompanharia o grupo nesta jornada pois, segundo ela, Justina havia lhe confiado outra missão, na cidade de Riátida. Arthur pediu a ela que encontrasse o soldado Fux e lhe tirasse informações úteis quando a oportunidade surgir. A ladina disse que faria isso da forma mais eficiente que conseguisse, e que o pegaria sozinho.

O grupo preparava-se para partir na tarde ensolarada do dia 9 do mês de Eleint, e a viajem seria longa.

Terras Centrais, dias 9 e 10 do mês de Eleint, o Devanescer, do ano de 1480

PARTE 3: PARTIDA


Os templos de Lathander em Helûs


Giles aproitava a manhã daquele dia para visitar os templos de Lathander da capital Helûs. A cidade era conhecida pela devoção ao Deus, e o sacerdote reconheceu tal fama após saber que haviam dois templos. O primeiro visitado, localizado no interior das muralhas, era um templo bastante simples, mas também bastante visitado. O sacerdote utilizou da tranquilidade do local para escrever uma carta à sua ordem, informando de todas as suas ações até então.

Partindo dali, o clérigo dirigiu-se até o templo localizado no exterior das muralhas. O templo para o povo, como era mais conhecido, era uma peça realmente bem construída. Diversas estátuas e monumentos de Sol cobertos em ouro eram visíveis nas paredes. O clérigo conheceu ali o sacerdote Ether, que lhe informou que a cidade de Helûs era tranquila, embora houvesse uma apreensão crescente referente a cidade de RIátida. O Rei Justus tinha a confiança do povo, mas cada vez mais a ameaça do Lorde Garr preocupava o povo.

Giles ainda teve tempo de, alertado por Tom, vender as pedras preciosas que carregava. O joalheir anão Errith foi um duro negociante, mas comprou as jóias por 40 peças de ouro.

Mudando de planos


Arthur, Tom, Stor e Giles se reuniram no almoço para conversarem sobre o momento mais apropriado para a partida. A ideia do bárbaro e do mago era de adotar a ideia de Demétria, a guia, e aguardar até a manhã seguinte para partir. Arthur, a princípio, resistiu a ideia. Então todos resolveram se reunir com a moça para ouví-la.

O encontro com ela no estábulo foi amigável. Ela já conversava com Bruce quando todos chegaram, e pareceu aliviada quando o grupo informou que estavam cogitando a possibilidade de adiar a partida. A barda, como logo se viu que ela era, explicou que os Picos Desolados são um local árido e perigoso. Partir a tarde significaria que o grupo deveria pernoitar duas vezes na estrada próxima ao rio, que é precária e atormentada por Orcs e Harpias.

Ouvindo todas estas informações, o grupo de aventureiros resolveu realmente partir no dia seguinte e evitar encontros que poderiam ser trágicos.

Na mesma conversa em que Demétria explicou sobre os perigos da montanha, ela também disse-lhes o que sabia sobre o Cajado das Tempestades. Ela sabia que tratava-se de um arma ancestral, conseguida há vários séculos pelo primeiro conquistador daquelas terras e fundador de Helûs. Na época, segundo as lendas, o rei enviara seu filho para a montanha para lidar com um mal que assolava a região - um dragão, segundo as histórias. O seu primogênitos jamais retornou, e assim o rei enviou seu segundo filho. Este foi bem sucedido em sua aventura e retornou com o Cajado das Tempestades, que segundo contam as lendas é capaz de controlar dragões e o clima. Dizem que ele é formado de duas peças, seu corpo de madeira e a Orbe dos Corvos, um rubi mágico poderoso.

O começo da viagem pela montanha


O grupo partiu em sua jornada pela estrada paralela ao Rio Sangue de Dragão. O trajeto era difícil e estreito. Os cavalos seguiam vagarosamente e o grupo percebeu porque passaria a noite na estrada.

O acampamento foi montado e o grupo resolveu dividir-se em três turnos de vigília, cada um composto de duas pessoas. O primeiro turno seria feito por Tom e Demétria, que afinava seu banjo por boa parte do tempo. Durante a vigília Tom precisou aliviar sua bexiga e afastou-se do acampamento. Neste momento o bárbaro percebeu que era observado e, tendo notado seu observador, foi logo atacado. Uma batalha estava prestes a iniciar-se, e quase todo o grupo ainda dormia.

Terras Centrais, dias 9 e 10 do mês de Eleint, o Devanescer, do ano de 1480

Parte 4: Os orcs à noite


A batalha contra os orcs foi dura. Tom e Demétria conseguiram alertar o restante do grupo, mas eles estavam despreparados para uma batalha real.

Arthur e Bruce não estavam com suas armaduras, mas partiram para o combate da mesma forma. Os orcs vinham das trevas, surgindo a cada minuto, e seus machados e lanças conseguiam atingir o corpo dos aventureiros. Por habilidade e sorte, GIles e Stor conseguiam afastar os monstros, fazendo com que o combate se mantivesse principalmente próximo aos guerreiros.

Bruce, o novato entre todos os que ali estavam, foi o primeiro a ser abatido em combate. Contudo, graças a um milgre de Lathander, o guerreiro foi posto de pé e voltou para a batalha. Arthur, com sua ira tradicional, conseguia repelir os orcs e os amedrontar, brandindo sua espada Virengan e arrancando a cabeça de dois monstros.

Tom, com sua fúria bárbara, parecia não sentir a dúzia de lâminas de machado que o golpeava. Resistindo bravamente, o mulano ainda conseguiu derrubar alguns dos monstros e subjugar um outro, com quem pretendia iniciar um diálogo, interrompido por Arthur ao decepar o braço do orc na altura do ombro.

Giles e Stor se mantinham a distância, mas em certo momento um orc, saído das trevas, invadiu o acampamento e atacou o mago. Já ferido por uma lança arremessada da penumbra, Stor conseguiu evitar o pior e não foi atingido novamente pelo monstro. Demétria conseguiu ajudá-lo, mas foi sua própria magia que livrou sua pele.

Finalmente, o grupo conseguiu abater todos os monstros. Arthur parecia irado com a situação que eles haviam se metido: ser atacado na madrugada, desprevinidos. Entretanto, a conquista da vitória o fez pensar melhor na manhã seguinte ele desculpou-se com Bash pelo tom rígido com que o reprimira após o combate.

A jornada pela montanha prosseguiu. O grupo precisou acampar mais uma noite, desta vez na estrada, até que na manhã do dia 12 do mês de Eleint chegou na Aldeia do Norte.

Demétria, que parecia conhecer o vilarejo, disse que eles precisavam ir a estalagem, onde ela conhecia uma pessoa que talvez pudesse dar-lhes informações úteis.

Terras Centrais, dias 11 e 12 do mês de Eleint, o Devanescer, do ano de 1480

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