sexta-feira, 7 de agosto de 2015

(HH) Capítulo 8: Para a Estrada do Topo

Parte 1: Caça dos grifos


Seguindo sem os cavalos


O grupo deixou o Observatório de Escamas preocupado que qualquer um poderia ouvi-los sobre o que pretendiam fazer com o Cajado das Tempestades. No primeiro acampamento que fizeram, pouco antes de abandonarem a estrada, o grupo reuniu-se e colocou suas alternativas em voz alta.

Stor, que teve mais tempo em contato com o Senhor do Observatório, não exibia confiança total no mago. Mesmo assim, ele era o mais inclinado a trazer o cajado novamente à Torre. Os outros integrantes da comitiva pareciam bastante preocupados com o futuro.

Eles não sabiam exatamente o que fazer depois de conseguirem o cajado, mas o pensamento de todos convergia em um ponto: resgatar o cajado das mãos do demônio. Assim, mesmo sem ter uma estratégia definida para depois da missão em frente, o grupo sabia qual era seu objetivo atual. Na manhã seguinte os sete resolveram subir para o topo da montanha e seguir em direção ao Pico Desolado.



A jornada pela montanha começou a se tornar mais complicada. As trilhas eram estreitas e o clima frio não ajudava, com um vento constante uivando nos ouvidos dos aventureiros. Na metade do dia, o grupo percebeu que os cavalos não resistiriam a uma jornada longa naquelas condições. Após uma rápida conversa, eles decidiram que seria melhor para os animais se eles fossem libertados. Com sorte, pensava Dalaram, eles conseguiriam voltar ao Observatório em segurança, e lá esperariam pelo grupo. Com esse pensamento otimista, o paladino convenceu também a Bruce, que era o mais exitante em libertar seu companheiro.

O hepteto seguiu sua jornada pelo resto do dia e acampou em uma área mais coberta por árvores. Eles estavam rumando para o topo, e qualquer lugar mais abrigado do vento lacerante que a montanha oferecia já era agradável. A jornada pelo dia seguinte foi árdua como no dia anterior, mas o grupo não conseguiu encontrar, a princípio, um bom local para acampamento ao cair da noite. Eles chegaram em um local plano, próximo a uma inclinação mais forte, e então acenderam sua fogueira. A noite estava apenas começando.

O combate contra os grifos


Dalaran, que graças a seu sangue mestiço possuía a visão privilegiada dos elfos, responsabilizou-se por investigar os arredores da área onde resolveram acampar e assim garantir que o grupo estaria em segurança naquele local. Não demorou muito para que ele descobrisse uma carcaça de cavalo, aparentemente ainda fresca, caída próximo ao acampamento. Ao alertar os outros, o grupo passou a vasculhar a área com mais afinco.

Foi Tom Bash que percebeu que os sons que os sete passaram a escutar tratava-se de grifos, mas foi o paladino o primeiro a ser atacado por um monstro. Mesmo se tratando de uma criatura muito grande, Dalaram se mostrou habilidoso em defender-se. Tom, que não enxergava com clareza o local onde o paladino estava, posicionou-se próximo a uma árvore e preparou a besta.

Demétria havia ficado próxima do cavalo caído. Talvez por isso ela tenha sido a outra atacada assim que mais dois grifos, desta vez fêmeas, surgiram e iniciaram combate. A barda foi ferida gravemente e arremessada ao chão. Ela foi então carregada por um dos monstros, que teria a levado para longe não fosse um golpe eficiente lançado por Arthur. Graças aos poderes de Giles que Demétria recuperou a consciência e então pode voltar ao combate.

Dalaram, que iniciou o combate contra o grifo macho sozinho, agora recebia a ajuda de Stor, com sua eficiente esfera de chamas, e também de Giles, tanto para recuperar-lhe as energias quanto para atacar a criatura.

Os monstros não mostraram força suficiente para serem superiores aos heróis. Em alguns instante o macho já havia sido derrotado por Dalaran e, depois dele, as duas fêmeas não tardaram a cair. Ambas não mostravam a mesma coragem do imponente grifo macho de penugem amarelada, e foram abatidas enquanto tentavam fugir.

O ninho e a cabana



Derrotados os monstros, Tom e Dalaram decidiram que deveriam encontrar o ninho das criaturas, que não poderia estar longe. Eles subiram um pouco mais e encontraram, em meio a um pequeno capão, uma reentrância no solo rochoso que, após entrarem com muita cautela, perceberam o que fora aparentemente um ninho de grifo.

Dalaram foi o primeiro a sugerir que deveriam haver ovos daquelas criaturas no local, e então iniciou a procura. Sobre um grande ninho formado de vegetação seca, o paladino encontrou dois grandes ovos, que logo deduziu serem dos grifos. Tom investigou um cavalo morto que estava na caverna. Ele vasculhou a sela e encontrou algumas moedas.

Ao sair da toca, o meio-elfo viu uma cabana mais ao alto. Curioso, ele partiu na frente para descobrir do que se tratava. Todos os seis o seguiram a poucos passos. Eles pareciam ansiosos para descobrir o que havia na cabana abandonada pela madrugada, no alto de uma das montanhas mais áridas das regiões centro ocidentais de Toril.

(Picos Nebulosos, dias 27, 28 e 29 do mês de Eleint, o Devanescer, do ano de 1480)

PARTE 2: A CABANA ASSOMBRADA


Dalaran foi o primeiro a chegar na cabana abandonada. O meio elfo entrou por uma porta judiada pelo tempo e clima severo, e deparou-se com uma grande sala com duas mesas e uma estátua. Enquanto o resto do grupo não chegava, o paladino dirigiu-se a estátua ao fundo da sala e constatou que tratava-se de bronze maciço. Ele ainda abriu a saída porta imediatamente à sua frente, onde encontrou uma espécie de cozinha.


A dirigir-se para a saída à direita da entrada principal, o meio-elfo ouviu a chegada do resto do grupo. Tom Bash e Stor Dragonwind eram quem carregavam os ovos encontrados. Tom, imediatamente, tratou de virar a primeira mesa que encontrou. Ele achou prudente, uma vez que já havia derrotado criaturas com essa atitude.

Logo em seguida todos, com excessão de Giles e Tom, seguiram em direção à porta que o paladino havia aberto. O corredor levava a dois quartos. Um dos quais havia um baú trancado que, por alguma sensação desagradável, Dalaran resolveu não abrir. Contudo, antes que o paladino deixasse o segundo cômodo, o grupo se viu surpreendido por uma assombração, um fantasma de tons azulados e etéreos, sem forma clara.

O combate se iniciou com um ataque de possessão. O paladino perdeu o controle do próprio corpo até que, com a chegada do clérigo, teve forças suficientes para remover a criatura de seu corpo. Com o monstro visível, Stor, Dalaran, Giles e Demétria conseguiram derrotá-lo utilizando sua artilharia mágica.

Uma vez derrotado o fantasma, o paladino de Timora usou seus poderes para identificar outras ameaças semelhantes na cabana. Ele percebeu que a construção danificada deveria possuir um subsolo, uma vez que ele sentia mais quatro poderes, sendo um obviamente a fonte de algo maligno, vindo de lá.


Os sete seguiram para o subsolo após encontrarem a escada em uma pequena sala no fim do corredor anterior. Eles desceram a pequena escada de madeira e vasculharam o abrigo feito em pedras para procurar algo de valor e também a origem da aura maligna pressentida pelo guerreiro sagrado. Um corredor levou o grupo a uma série de barris e um altar dourado em homenagem a vários deuses. A última porta que abriram, no entanto, levou a uma sala maior, semelhante a uma biblioteca com uma estátua enorme no centro.

Em poucos segundos materializaram-se na sala três fantasmas. A mulher, que parecia no comando do grupo de mortos-vivos, iniciou um diálogo com o paladino, que não poupou ameaças já logo de início. Não intimidados, os fantasmas afirmaram que eram os donos da casa, e que o assassinato pelos orcs não os tiraria daquele lugar.

O combate se iniciou com um grito aterrorizante dos fantasmas, o que imbuiu um medo terrível no coração de Arthur, Bruce e Tom. Os três guerreiros fugiram assustados, retornando para o círculo de proteção que o cormiriano havia traçado com sua espada Virengan.

Com a perda de força combativa, Giles apelou para a ajuda de Lathander. O poder do deus do sol afastou um dos fantasmas, facilitando o trabalho do já reduzido grupo de aventureiros. Os fantasmas atacavam com um toque gélido, retirando a energia dos heróis de dentro pra fora. Os que mais sofreram com ataques deste tipo foram Dalaran e Stor. O primeiro confiou em Giles e em seus próprios meios para se manter em pé, enquanto o segundo confiou Demétria para isso. O combate se seguiu, com as magias e as armas mágicas que eles carregavam fazendo o serviço necessário. Por sorte ou competência, todos carregavam um arsenal capaz de ferir os mostros.

Dalaran, após pressentir um grande mal vindo da estátua no subsolo, se mostrou muito interessado em destruí-la. Stor percebeu, após uma rachadura ser feita, que esta estátua poderia estar servindo como um recepáculo, ou pior, uma prisão, para algum tipo de criatura ou entidade. Ao avisar o paladino que parasse de atacar, este resolveu voltar suas atenções para os fantasmas que ainda lutavam.

O fantasma que fora espantado por Giles no andar de baixo fugiu para o andar de cima. Lá ele deparou-se com o trio de guerreiros que havia evitado o combate anteriormente. Sem outra opção senão lutar, eles lutaram por alguns instantes. Tom Bash foi o alvo mais visado do fantasma, que o atingiu com seu atáque gélido e aterrorizante. Tom revidou alguns golpes, mas o bárbaro estava convencido de que a assombração retirava poder de objetos inanimados que tocava. Assim, ele mostrava uma ira insensata contra uma estátua e contra uma estátua e, também, contra um pergaminho, o qual quase destruiu. O morto-vivo, contudo não foi capaz de manter o ritmo de batalha por muito tempo e foi abatido por um golpe poderoso da espada mágica de Arthur.

Após todos se reencontrarem na sala de entrada, o grupo resolveu descansar. Eles planejavam o que fariam com a estátua no andar abaixo. A noite já estava profunda, e eles queriam um local tranquilo para descansar para a viagem que continuava.

(Picos Nebulosos, dia 29 do mês de Eleint, o Devanescer, do ano de 1480).

Parte 3: A estátua


O grupo optou por passar a noite descansando na cabana antes de decidir como lidar com a estátua no andar abaixo. Eles se dividiram pelos cômodos da velha cabana e pela manhã se reuniram na sala de entrada. Em pouco tempo, o grupo seguiu para o andar de baixo, vasculhando o que na noite anterior não havia tido tempo de vasculhar.

Na sala de armazenagem, Dalaran e Stor encontraram três barris e uma caixa. Em cada barril estava um conteúdo diferente:
  • Um barril com ouro em pó cheio até 1/3 do total. Seu conteúdo deve pesar 1,2 toneladas, o equivalente, sem perdas, a 120.000 moedas de ouro. O grupo não tem como carregar tudo, uma vez que estão sem seus cavalos; 
  • Um barril com água podre e alguma massa sedimentada no fundo; 
  • Um barril com vinho; 
  • Uma caixa com aranhas mortas, apodrecidas; 
Na sala ao lado o grupo encontrou um altar de ouro com várias imagens de deuses, ídolos gravados com os símbolos das divindades. Giles sentou-se a frente do altar e percebeu que, embora estivesse muito enfraquecido, o local já fora utilizado para muitas preces e possuiu poder.

Na sala onde estava a estátua o grupo concentrou-se em destruí-la. Arthur fez um círculo de proteção, esperando que monstros perigosos pudessem se libertar do lugar, e então Dalaran atacou a imagem de pedra. Ao ser destruída, a estátua esfarelou-se e então uma lufada de vento foi sentida.

O grupo voltou à frente da cabana, e lá encontrou um djinni, um gênio do ar. 


Ele agradeceu ao grupo por tê-lo libertado e perguntou o que eles queriam. Tom Bash informou que os aventureiros estavam atrás do Cajado das Tempestades. O gênio disse que isso lhe interessava, e então partiu em um redemoinho. Antes, porém, ainda falou ao grupo que o nome do demônio que protegia o cajado era Traskar e que o interior da cabana possuía alguns rituais que poderiam ajudá-los a enfrentar o desafio.

Voltando à biblioteca onde estava a estátua, Stor encontrou um tomo com descrição de demônios. Além deles, encontrou três rituais que poderiam ajudá-los:
  • Ritual de invocação do demônio [nome do demônio]: Invoca um demônio para o plano terreno. Necessário 300 g de ouro em pó (30 mo, consumíveis), 5 gotas de sangue de demônio (consumíveis), 1 ovo podre, folha de vândala das neves, raiz de polígona. 
  • Ritual de proteção contra o demônio [nome do demônio]: Protege de ataques do demônio. Ele não será de ferir o protegido, que também não poderá atacar diretamente a entidade maligna. Necessário 300 g de ouro em pó (30 mo, consumíveis), 1 ovo podre, cinzas de aranhas, raiz de polígona. 
  • Ritual de invisibilidade contra o demônio [nome do demônio]: O alvo da magia fica invisível para a entidade cujo nome é proferido no final do ritual, aconteça o que acontecer (a menos que o demônio possa ver o invisível): os materiais são os mesmos da invocação. 
Todos os efeitos de rituais demoram trinta minutos para se invocarem e tem efeito também de trinta minutos. Todas afetam apenas um alvo. Stor percebeu que o armazém tem material suficiente para realizar apenas a magia de proteção.

(Picos Nebulosos, dia 30 do mês de Eleint, o Devanescer, do ano de 1480).

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