domingo, 8 de março de 2015

(HH) Capítulo 1: O noivado

Parte 1: Apresentações


Stor Dragonwind é um mago criado em uma ilha no Lago das Estrelas Cadentes. Com a conclusão de seus estudos naquela ilha, seus mentores o enviaram para o oeste para que pudesse, com a experiência, adquirir novos conhecimentos e crescer em poder. Stor chegou em Villegard, coincidentemente ou não, no dia que os noivos da nobreza haviam marcado a comemoração do agendamento do matrimônio.

Tom Bash é um jovem guerreiro de em uma tribo bárbara semi isolada entre as cidades de Scornubel e Villegard. Tom é, na verdade, o filho bastardo da casa dos Bash, um clã de nobres com influência na região. Sua existência, contudo, é um segredo para todo o clã Bash, exceto para seu pai, o Conde Urgath, patrocinador de sua família tribal até bem pouco tempo atrás.

Tom decidiu partir em direção a Villegard em busca de serviço, uma vez que é habilidoso em carpintaria. A reunião de tantos nobres, embora lhe causasse um pouco de medo e ansiedade pela possibilidade de deparar-se com seu pai, também era uma possibilidade de conseguir algumas moedas.

Arthur Van Ser III é um lorde de Cormyr. Sua família, formada principalmente por marqueses, possui muitas terras. O clã dos Van Ser é especialmente conhecida pela vassalagem direta à nobreza daquele reino, tendo influência específica principalmente na área de comércio. Arthur dirigiu-se a Villegard após outros membros de sua família terem desdenhado do convite recebido de Riátida. O jovem guerreiro, que demonstra muito mais vocação para o caminho da espada do que o da vida na corte, encontrou ali uma boa oportunidade para viajar novamente e explorar o mundo. Arthur chegou de sua longa viagem no dia anterior ao marcado pelos noivos para chegarem na cidade. Estabeleceu-se na Taverna da Lebre enquanto aguardava a festa.

Giles Halmes é um sacerdote de Lathander, nativo das próprias Terras Centrais, e que foi criado dentro da igreja desta divindade. Por estar há muitos anos envolvido no clero, e também por ser capaz de invocar as magias concedidas pelo deus do sol, Giles goza de um razoável poder e influência com seus companheiros de fé. Ele decidiu ir à Villegard para investigar o casamento entre Justina e Garr, que sob seu ponto de vista é muito passível de questionamentos. O clérigo chegou em Villegard alguns dias antes da cerimônia de noivado e se hospedou na Taverna/Estalagem da Lebre.

Os contatos


Tom Bash chegou a cidade de Villegard e partiu para frente da Taverna da Lebre, maior estabelecimento da cidade. Ele ficava na frente e aguardava para acompanhar aqueles que entravam, procurando alguma coisa que ele também não sabia bem o que era. Uma dessas pessoas que entrou foi um sujeito estranho, trajando um robe escuro. Era Stor Dragonwind. Tom Bash o seguiu para dentro da taverna e depois para fora. O mago, suspeitando do jovem, passou a encará-lo. O nobre Arthur Van Ser, que havia achado familiar o escudo que o mulano carregava, resolveu ir ter com ele na frente da taverna. Um breve diálogo se desenvolveu, em que Tom aceitou um serviço contratado por Arthur, já na mesa da taverna. Stor, que ouvira tudo, decidiu acompanhar o e presenciar a confecção da obra de arte.

O clérigo Giles, que reunia informações sobre os noivos na taverna, também teve, por alguns instantes, uma conversa com o trio que acertava os detalhes da peça que Arthur desejava. Foi durante esta conversa que a chegada dos noivos foi anunciada.

Todos na rua para observar a passagem do cortejo puderam ver o Lorde Garr ao lado de seu escudeiro em uma carruagem com mantos púrpuras, e também a carruagem da noiva, toda coberta com um manto laranja que impedia a vista das ocupantes. Os estandartes de ambas as casas de família eram trazidos a frente de cada carruagem por um cavaleiro de armadura completa. Foi ali que Tom pode ver qual o símbolo que Arthur queria gravado em um pequeno escudo. O mulano aceitou prontamente a proposta.

Tom confeccionou sua peça durante a noite, na presença de Stor. Já Arthur e Giles passaram uma noite descansando na taverna e no templo de Lathander, respectivamente.

Na manhã seguinte todos foram à cerimônia de noivado. Giles foi o primeiro e logo se posicionou para observar todo o local. Arthur, após receber e gostar da obra de arte confeccionada pelo bárbaro, convidou a dupla para que fossem com ele à cerimônia, na forma de seus serviçais.

A festa se desenvolveu normalmente. O Lorde Garr se apresentou ao quarteto, e foi bastante simpático com Giles e especialmente Arthur mas, no entanto, ignoraria completamente os outros dois não fosse a introdução de nobre de Cormyr. Já a princesa Justina foi bastante calorosa nas apresentações com todos, especialmente com Giles, o clérigo de Lathander, a quem pediu a bênção para proteção do deus do Sol, que sua família é muito fiel. Arthur também a agradou muito com o presente trazido de Cormyr.

No decorrer da festa o grupo se dispersou. Tom Bash, após ver seu pai, sumiu em meio ao salão. Arthur foi ter com Lorde Garr em um momento que encontrou-o só. A conversa foi bastante amistosa, pois o Lorde foi muito receptivo a ele. Quando todos se reencontraram, Arthur reparou no brasão que Bash carregava e finalmente conseguiu relacioná-lo com os nobres do Condado nas Terras Centrais. Ao retornarem para a mesa foram obrigados a abandonarem a discussão sobre os Bash, pois uma carta endereçada à Arthur pedia socorro. A letra era bem desenhada, e pedia um encontro com todos nos fundos do palácio.

Terras Centrais, Dias 12 e 13 do mês do Sol Alto, Eleasis, do ano de 1480

Parte 2:O acampamento dos bandidos


O pedido de ajuda


Após lerem a carta que receberam na festa, o quarteto organizou-se para ir até os fundos do palácio para o falado encontro. Arthur, Giles, Stor e Tom estavam juntos quando uma mulher trajando uma capa com capuz surgiu. Ela permaneceu a alguns metros do grupo e não deixou que vissem seu rosto. A jovem, como sugeria soa voz, pediu ajuda pela princesa, dizendo que a vida dela corria grande perigo se o casamento ocorresse.

A jovem, que não se apresentou pelo nome, disse ao grupo que procurasse uma mulher chamada Liene, ao norte da cidade, para que mais informações fossem passadas. Ela então voltou para dentro do palácio.

O grupo resolveu que a ausência de Giles e Arthur seria evidente demais caso ocorresse. Assim Stor e Tom foram os responsáveis por tentar encontrar a mulher que a encapuzada havia mencionado.

Enquanto o mago e o jovem bárbaro procuravam, Arthur e Giles permaneceram na festa. O nobre Cormiriano, inquieto quanto ao inseparável acompanhante de Lorde Garr, tratou de conseguir um duele entre ele, Eric, e seu próprio escudeiro, Bruce. O combate deu-se no pátio do palácio e não durou muito, sendo a vitória do acompanhante de Lorde Garr. A experiência serviu para o guerreiro de Cormyr comprovar sua hipótese de que Eric não tratava-se apenas de um simples escudeiro, mas de um guerreiro treinado e capaz. Com algumas conversas em tons elogiosos mas pouco sinceros, Arthur e Garr se despediram prometendo um reencontro.

Enquanto isso, Stor e Tom procuravam por Liene pela cidade. A dupla perguntou em algumas casas até que encontrou, bem ao norte, a mencionada mulher trabalhando junto com outras duas moças. A recomendada de Liene foi fria e grosseira, e afirmou que o grupo deveria vir com todos, não apenas metade. Assim, a dupla retornou ao palácio para reunir os quatro e então voltar a falar com Liene.

Reunidos, todos foram até a casa de Liene. A recepção não foi das melhores, embora ela tenha confirmado que era a mulher que a princesa se referia. Segundo ela, a princesa era ingênua e poderia facilmente acreditar em pessoas não confiáveis. Contudo, para que ela confiasse o grupo deveria executar uma missão com ela: livrar-se o bandido que rouba alimentos em Villegard. Embora relutantes, o grupo aceitou segui-la, por Justina.

A viagem


O caminho até o entreposto de caça não foi demorado. O grupo de aventureiros hospedou-se em uma pequena vila no caminho, a algumas horas de entrar na floresta. Já pela manhã partiram até o entreposto, onde conheceram o anão Fuir, que informou quando questionado que 10 moedas de ouro seria a recompensa para as pessoas que trouxessem o bandido que roubava os suprimentos.

Após alguns instantes o grupo partiu. Andaram pela floresta em busca do acampamento, marcado no mapa pelo anão com alguma aproximação. Contudo, durante a jornada, antes de acamparem, o grupo foi atacado por seis bandidos. O combate deu-se ao lado dos cavalos que, bem treinados, não fugiram. Stor acabou levemente ferido, e Arthur, sem desmontar, foi o responsável pela eliminação de 3 dos seis bandidos. Tom Bash defendia-se bem e não foi atingido, enquanto Liene e Giles lidavam com os oponentes que lhes atacavam.

Após o confronto o grupo acampou para em de manhã seguir viagem atrás do acampamento onde deveria estar o verdadeiro bandido.

O acampamento dos bandidos


O grupo conseguiu chegar ao acampamento dos bandidos sem ser percebido. Lá havia três lobos a beira do rio e vários bandidos. Arthur investiu contra um dos inimigos após poucos instantes e a batalha iniciou-se. Liene também partiu para o ataque, enquanto Tom, Stor e Giles mantinham-se atrás da linha de frente.

A luta prolongou-se por vários minutos, com Tom enfurecendo-se e saindo da defensiva, matando um dos lobos. O capitão inimigo, prevendo a derrota, iniciou uma fuga apenas para ser perseguido e facilmente capturado por Arthur, a cavalo. Enquanto isso Stor utilizou sua magia para neutralizar a maior parte dos bandidos que ainda resistiam.

Após o combate o grupo colocou todos os bandidos no chão, imobilizados. Arthur e Giles foram os responsáveis pelo interrogatório, enquanto Liene voltava até o entreposto de caça pegar uma carroça para transportar os bandidos e os suprimentos roubados descobertos no acampamento.

Com bastante esforço, ameaças e dissimulação, Arthur conseguiu extrair do bandido Eurwund que há um comerciante em Villegard chamado Urgith que tem interessem em manter a cidade desabastecida. Porém, o bandido mantinha contato com Chay, um miliciano da cidade, de quem recebia as orientações e os pagamentos. Eurwundo ainda disse que ele não havia mais recebido ordens para saques desde a cerimônia de noivado.

De volta


Com todas as informações recebidas, e com a chegada de Liene, o grupo partiu novamente em direção ao entreposto de caça. Fuir, o chefe do entreposto de caça, agradeceu a Liene e aos outros, pagando-lhes o prometido e ainda entregando uma carta de agradecimento, comprovando que os heróis haviam salvo a cidade de Villegard e arredores dos bandidos.

Com isso, Arthur passou a pressionar Liene para que ela dissesse de uma vez porque a princesa Justina corria perigo. Pressionada, a mulher informou pouco. Ela disse apenas que Garr é um homem inescrupuloso, que quer o casamento apenas para se apossar da família de Justina, e que a princesa quer ajuda para recuperar uma jóia que pertencera a sua família. Contudo, a jóia está protegida em um forte nos domínio do Lorde Garr, e a ajuda de guerreiros como os aventureiros em questão é necessária. A confiada de Justina ainda prometeu falar mais uma vez que estivessem de volta à Villegard, e assim o grupo partiu.

No caminho, antes da ponte sobre o Rio Chiontar, o grupo deparou-se com uma caravana derrubada. Ao lado dela foram vistos guardas mortos a golpes poderosos, sem cortes. Pegadas grandes puderam ser percebidas, mas o grupo decidiu não desviar-se do foco e seguiram em direção a cidade.

Terras Centrais, Dias 13 a 21 do mês do Sol Alto, Eleasis, do ano de 1480

Parte 3: A Causa


O alquimista estranho


Os aventureiros chegaram à cidade de Villegard para o almoço. Separaram-se de Liene e decidiram procurar o alquimista da cidade, Gugui. A cabana ficava afastada ao sul, e o anfitrião não era muito são da cabeça. O grupo entrou, sentou-se e negociou por um tempo uma poção de cura. O preço não era bom, mas a oferta de Arthur de comprar duas de uma só vez, aliada a informação de que foram eles os heróis que salvaram a cidade dos bandidos que saqueavam suprimentos (mesmo que Gui não tenha exigido provas), foi o suficiente para fazer o elfo maluco reduzir os preços.

Os motivos de Justina e os rumos decididos


O grupo foi até a casa de Liene após terminar a negociação com o alquimista. Foram bem recebidos e sentaram-se a uma mesa, embora Stor tenha preferido o chão e Tom ficar em pé. A conversa com a mulher estendeu-se por quase uma hora, e dedicava-se a duas pautas: o que fazer com o comerciante traidor, que Arthur tinha certeza poder relacionar com Lorde Garr, uma vez investigado; e por que ajudar a princesa Justina, uma vez que um casamento arranjado não parecia, aos olhos nobres de Arthur, um problema que merecesse intervenção.

Quanto a Urgith, embora Liene tenha sugerido matar-lhe, o grupo decidiu por deixá-lo livre, no momento. Arthur estava convencido que existe alguma relação do burguês com Garr, uma vez que enfraquecer a cidade de Villegard poderia ter forçado o Barão dos Rubis a aceitar a proposta de Garr em realizar a cerimônia de noivado lá, o que por sua vez aumentaria o prestígio do evento. Mesmo assim, todos concordaram que era melhor passar ao próximo assunto antes de tomar uma decisão quanto a isto.

Liene então passou a explicar os motivos que levam a princesa Justina a repudiar o casamento com o Lorde Garr. Ela trouxe uma carta que revelava o momento em que Justina pediu ajuda de Liene, quando soube do casamento. Arthur leu a carta e viu que a princesa estava assustada com a possibilidade de casar com um homem que rege suas terras com mão de ferro, que mantém escravos, que “negocia” com seus vizinhos com as tropas em suas portas e que com certeza só está interessada no que a coroa de Helús lhe garantirá.

Mesmo com a carta, Arthur estava receoso de aceitar ajudá-la. Fazer isso, afinal, colocaria o nome de sua família em uma disputa de territórios que não lhe diz respeito. Sendo assim, o nobre decidiu, em nome do grupo mas de comum acordo com todos, que iriam partir em direção a Riátida e verificar, pessoalmente, como o Lorde Garr governa seus súditos.

O grupo partiu na carruagem de Van Ser no mesmo dia, antes do anoitecer, em uma viagem que deverá levar 6 dias.

Terras Centrais, Dia 22 do mês do Sol Alto, Eleasis, do ano de 1480

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