quarta-feira, 4 de maio de 2016

(HH) 17.2 - Um visitante que sabia muito

O grupo seguiu sua jornada pela floresta rumo a cidade de Helús. Zeed continuava falando incessantemente com Guark, o dragão dourado. Ao final do segundo dia, o dragão não conseguia esconder de seu semblante a expressão de ira que acumulava no bardo.

Antes de dormirem no pequeno domo mágico criado, Dalaran pediu para que Zeed se afastasse alguns instantes com ele para que pudessem conversar. Enquanto isso, Stor tentava acalmar o dragão, oferecendo-lhe desculpas pelo comportamento recente do grupo. Não obtendo resposta, o mago ajoelhou-se em sinal de respeito.

Ao mesmo tempo, Dalaran explicava para Zeed que ele não controlaria Guark, mesmo se o dragão se irritasse com o bardo devido às constantes tentativas de extrair informação de forma forçada. O bardo parecia inclinado a querer que o paladino controlasse o monstro, mas Dalaran foi incisivo em sua resposta, desarmando, parcialmente, o bardo.

Ao retornarem para o acampamento, a dupla Dalaran e Zeed viu Stor ajoelhado e não fez caso, passando direto e entrando na cabana. O mago, que já estava desistindo de fazer Guark se traquilizar, levantou-se e resolveu entrar na cabana mágica, mas foi interrompido por Guark dizendo "Há um elfo nos vigiando".

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Finn
Finn é um caçador elfo centenário. Ele veio de uma região distante no oriente de Faêrun em busca de lendas antigas sobre um dragão tão poderoso que seria capaz de desafiar um deus. Finn quer caçar e destruir esse monstro e levá-lo como prêmio à sua vila natal.

Durante suas intermináveis jornadas, o elfo acabou estacionando por alguns meses na Antiga Cidadela Élfica. Durante este tempo, o caçador presenciou a passada do humano Zeed pelo local. A turbulência que o bardo provocou ao corromper a princesa fez a cidadela tradicional estremecer, embora o elfo não tenha se envolvido nas ações.

Contudo, uma das caçadoras da Cidadela que o havia recepcionado, Lilen, partiu para caçar o humano e demorou tempo demais para retornar. Quando voltou, suas alegação públicas era de que nada havia encontrado nada além do perigo. A elfa, porém, revelou para Finn, em segredo, que ela encontrara Zeed e que ele e uma comitiva de guerreiros a havia salvado de uma tribo hobgoblin.

Mesmo sendo heroica, não era essa a parte da história que interessava ao elfo. A parte realmente importante para ele foi a que Lilen contou depois, com menos detalhes, de que os aventureiros estariam atrás de uma orbe mágica capaz de controlar dragões. Tal frase despertou a curiosidade de Finn, uma vez que ele relacionou tal história com a lenda de Grandvar, um dragão lendário que foi aprisionado por humanos. Até aí, porém, a história poderia não passar de fantasia.

Pouco tempo depois, devido a sua experiência com dragões, Finn sentiu no ar e nas plantas as alterações que o covil de Ruflon assumiu. Tais mudanças certamente ocorreram porque o dragão havia mudado de comportamento e estava acuado ou enfurecido - ou ambos. Em seguida, o caçador pressentiu o despertar de um grande poder se espalhando por dezenas de quilômetros e sabia que poderia ser Grandvar.

A fim de descobrir a verdade e, quem sabe, saber se os aventureiros de fato estavam de posse da alma de Grandvar, o dragão lendário que lhe serviria como caça, Finn partiu para encontrá-los. Ele seguiu inicialmente os rastros de Zeed, um humano que já havia visto e que deixava muitas marcas por onde passava. Contudo, ao se aproximar, o rastreador percebeu que eles estavam acompanhados de outro dragão, desta vez metálico, e teve sua perseguição facilitada.

Ao espreitar o acampamento do grupo de uma distância curta, Finn pode ver um humano encapuzado ajoelhado frente a um dragão dourado na forma humana.

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Ao receber a informação de Guark de que o acampamento estava sendo observado, Stor tornou-se invisível e mudou de posição. Em seguida, o elfo ranger apareceu do meio do mato, descobrindo sua cabeça do capuz e revelando-se, dizendo que gostaria de falar com Zeed. Guark pensou que o elfo queria a cabeça do bardo, e não demorou para chamá-lo.

Zeed já preparou-se para o pior quando foi retirado da cabana quase a força e viu o elfo da Cidadela Élfica a sua frente. Contudo, Finn iniciou um diálogo pacífico e ambos começaram a conversar, para a desaprovação de Guark.

O ranger começou a discursar sobre a orbe dos dragões, para a surpresa tanto de Stor quanto de Zeed. Ele aparentava saber bastante sobre a orbe, embora, para o grupo, ele não devesse nem mesmo saber que ele existisse. Tudo ficou claro quando Finn revelou que Lilen havia lhe informado que o grupo estava atrás dela - e culparam Tom por ser linguarudo.

Enquanto a conversa se desdobrava no lado de fora, Dalaran, Demétria e Giles estavam preocupados que o bardo demorava para retornar, dada a animosidade óbvia que existia entre ele e Guark. Assim, o trio resolveu sair e ver o que acontecia. Ao serem deixados sozinhos, Tom e Rédon se olharam e o bárbaro questionou: "Se Zeed morrer, ficaremos presos para sempre nesta cabana". O guerreiro, que também não tinha conhecimento algum sobre magia, não soube responder e ambos também acharam melhor deixar o local.

Finn passava várias informações à Zeed, mas quase todas elas já eram conhecidas ou deduzidas pelo grupo. O que eles não sabiam era que o nome da criatura deveria ser Grandvar. Stor reconheceu esta pronúncia como um dragão de lendas, mas nada mais.

A conversa se estendeu até que o grupo chegasse a conclusão de que o elfo sabia demais para partir sozinho. Assim, foi sugerido que ele acompanhasse o grupo. Finn, por seu lado, também estava interessado em acompanhar o grupo para verificar o que aconteceria com a orbe - ele alegava insistentemente que Guark poderia ser dominado pela orbe e não querer destruí-la.

A comitiva foi, enfim, descansar dentro da cabana criada por Zeed, enquanto Finn e Guark ficaram na rua. O dragão não se mostrou simpático ao elfo, que também não se mostrou intimidado.

Floresta das Serpentes, Terras Centrais do Ocidente, dia 01 e 02 de Nightal, a Nevasca, do ano de 1480

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