terça-feira, 5 de janeiro de 2016

(HH) Capítulo 13: O Templo Escondido

Parte 1: Um bardo e um gnomo

O bardo fujão

Zeed, The Great SoundZeed, "The Great Sound", é um bardo humano natural de algum lugar de Sembia. Criado no mundo após abandonar sua terra natal, ele acabou buscando abrigo por algumas semanas na Antiga Cidadela Élfica por acreditar que lá haveria conhecimento que poderia absorver. Seu excelente trato social acabou por convencer os líderes da cidadela de que ele não seria uma perturbação se ficasse lá, pois era habilidoso com instrumentos musicais e conseguia agradar aos que o ouviam.

Contudo, o bardo não foi capaz de segurar seus instintos ao ter contato com a linda princesa elfa Mailên e, após bajulações e cortejamentos, conseguiu que ela se apaixonasse por ele - mesmo que o objetivo final não fosse esse. A princesa se entregou a seus braços, mas foi descoberta. Com a pureza da donzela maculada, Zeed seria executado pelas leis élficas, o que o obrigou a fugir com o que conseguiu carregar em direção ao sul, onde sabia que existia um povoado humano que, com sorte, o protegeria.

Tumulto na Vila do Pântano

O grupo estava preparando-se para partir da Vila do Pântano. Dalaran e os outros estudavam por onde seria a melhor rota até chegarem ao covil previsto do dragão Ruflon, e ponderavam sobre ir até o Templo Escondido, como defendia Tom, ou seguir o trajeto do rio ao norte, como Dalaran e Demétria acreditavam ser mais sensato.

Cavaleiro elfoAntes que pudessem chegar a uma conclusão, todos ouviram os passos apressados de cavalos no solo encharcado. Ao irem à rua, os seis (Dalaran, Stor, Tom, Giles, Demétria e Redon) e mais o jovem estalajadeiro viram três elfos cavaleiros. Um deles desmontou e dirigiu-se até Dalaran. Em élfico, o cavaleiro lhe perguntou sobre um humano criminoso carregando um alaúde e que haveria fugido da cidadela naquela direção. Desconfiado, o paladino questionou sobre o crime que este humano tinha cometido. Segundo o elfo, ele é um bardo que aproveitou-se erradamente da princesa da Cidadela, e que deve ser levado a justiça segundo suas leis devido a isto.

Dalaran ouviu e não considerou o crime merecedor de uma punição severa. Assim, ele despistou o cavaleiro, afirmando convincentemente que o bardo fugira para o sul. Os três elfos partiram agradecidos e o grupo ficou com a curiosidade de saber quem era o tal criminoso.

Enquanto isso, Zeed havia chegado na Vila do Pântano diretamente na casa de Lithira. Ele havia encontrado Tindara e Gindala e a velha. O bardo ficou encantado com as gêmeas em seu primeiro momento, mas a visão de Lithira o fez "desencantar". Ele perguntou onde poderia descansar e Gindala o levou até a estalagem.

Foi na frente da estalagem que o bardo encontrou-se com o restante do grupo. Lá eles se apresentaram e conversaram por alguns minutos. Era evidente que ele era o fugitivo dos elfos. Redon parecia concordar com os elfos que ele deveria ser punido, mas o paladino possui um senso de justiça... diferente, e não crê que uma atitude realizada pelos dois, Zeed e a princesa, em comum acordo devesse provocar uma punição ao bardo.

Assim a conversa acabou mudando um pouco de rumo e o grupo acabou descobrindo que o bardo tinha vasto conhecimento da região. Ele é um estudioso que já estudou a área e está presente na floresta há mais de um mês e, portanto, poderia ser um bom guia enquanto eles procuravam o dragão. Convidado a seguir com a comitiva, Zeed aceitou e eles partiram para o leste.

Maco, o gnomo

O grupo cavalgou para o leste por meio dia sem parar até ver duas cabanas velhas ao redor da estrada. Eles pararam a uma distância segura e resolveram investigar.

Tom foi na frente, mas retornou quando escutou um barulho estranho. Dalaran, Demétria e Zeed não se intimidaram e seguiram até a cabana a esquerda da estrada. O paladino verificava se havia alguma armadilha nas portas da casa, enquanto o bardo olhava pelas janelas. O local estava acabado de velho, com as raízes das árvores invadindo o piso e o pouco que restava do telhado. Zeed viu uma banheira e uma bica ao mesmo tempo em que Dalaran anunciava que não haviam armadilhas no local. os três investigavam a cabana e o paladino encontrou alguns velhos pergaminhos vazios junto a outros documentos velhos e quase ilegíveis.

A outra cabana tinha dois andares, mas a escada que levava ao segundo estava em péssimo estado. Daralan conseguiu ver, assim que pôs o pé dentro da casa, olhos amarelos de um gnomo das profundezas. Ele iniciou uma conversa em subcomum e logo percebeu que ele estava muito desconfiado dos estrangeiros. Contudo, o paladino sabia utilizar as palavras e fez com que o Gnomo tolerasse a presença deles.

Durante a refeição, Zeed catou algumas plantas de tempero e Demétria utilizou na preparação da carne que tinham. O cheiro fez com que Maco aparecesse para o grupo. Demétria e Zeed cantaram e tocaram, desinibindo o gnomo, que disse ao grupo como era o Templo Escondido muito ao Leste. Depois de comer o que queria, o gnomo desapareceu na vista do grupo. Todos descansaram e prepararam-se para seguir viagem.

(Terras Centrais, dia 07 de Uktar, o Apodrecer, do ano de 1480)


Parte 2: O Templo Escondido

A travessia da ponte

Após descansarem por um tempo nas antigas cabanas, o grupo resolveu seguir viagem por mais algumas horas. Eles chegaram até o Rio e viram a ponte registrada no mapa quebrada em um determinado pedaço. Do outro lado havia uma placa, que Stor usou seu familiar para ler. Ela dizia:
Para o Norte, estrada nova
Para o Sul, estrada antiga
Zeed sabia que a estrada nova não estava concluída e, além disso, levaria até muito perto da Cidadela Élfica. O bardo recomendou que o grupo seguisse pela estrada antiga, pois também os levaria mais próximos ao dragão. E assim foi feito.

O grupo então resolveu saltar a ponte quebrada. O movimento não era difícil, mas era perigoso, pois o rio corria forte abaixo da ponte e uma cachoeira podia ser ouvida logo a frente. Dalaran foi o primeiro e, não fosse pela excelente natureza de Flecha, sua égua, ele precisaria mostrar suas habilidades nadando. O restante do grupo não teve mais dificuldades para passar, embora Tom, mesmo sendo o melhor dos cavaleiros, tenha quase deslizado.

O grupo seguiu viagem em um terreno que se elevava e a estrada saía da característica pantanosa. Eles escolheram o ponto mais alto de uma colina na clareira da floresta para acamparem, pois dali poderia ver possíveis ameaças. Enquanto o acampamento era montado, Zeed e Dalaran patrulhavam a área.

Dalaran, que havia descido a colina para patrulhar o pântano logo abaixo, resolveu retornar quando foi atacado por uma cobra. O paladino percebeu que não haveria nada naquela área que pudesse ser explorado naquele momento, e contentou-se com o acampamento onde ele estava.

A descoberta do Templo Escondido

Seguindo viagem no dia seguinte, o grupo encontrou o segundo rio. Desta vez ele estava em um vale mais amplo, e suas águas misturavam-se com o pântano que lhe fazia divisa. Não foi difícil para ninguém cruzar o rio montado em seus cavalos. Do outro lado o grupo persistia por uma estrada embarrada, mas desta vez, pelo menos, seca.

Ao chegarem ao ponto demarcado no mapa como sendo o templo escondido, já com a noite caída, não havia nenhuma indicação de onde poderia estar tal estrutura. Assim, Dalaran e Zeed foram caminhar ao redor e tentar buscar alguma informação. Enquanto isso, Stor usava seus feitiços para detectar se a área tinha sido alvo de magia.

Não foi surpresa para ele que sim, embora a magnitude de tal efeito possa tê-lo surpreendido. Várias árvores no seu entorno, assim como outras coisas que o brilho intenso não lhe permitiam discernir, apresentavam uma magia forte, mas antiga e decrescente. Sabendo disso, Zeed, ao aproximar-se de uma das árvores, resolveu entoar sua melodia de desencantamento. A frequência de suas notas ressoaram com a trama das ilusões que escondiam o templo, e logo foi revelado que as grandes e sólidas árvores escondiam portas abertas de acesso a alguma espécie de templo.

Como já vinha ocorrendo, Dalaran foi o primeiro a entrar. O paladino seguiu investigando armadilhas em um corredor a frente deles enquanto o grupo vasculhava livros nas prateleiras. Stor encontrou um diário em élfico antigo que não foi capaz de traduzir naquele momento, enquanto Tom parecia aprovar utilizar livros como travesseiros.

O corredor que Dalaran descobriu não possuir armadilhas levava até uma bifurcação marcada por uma estranha planta em um vaso. Depois de alguns instantes de investigação, eles descobriram que ela era capaz de absorver magia e fizeram com que Rédon a levasse para a rua.

O grupo então chegou a um pequeno altar localizado atrá de alguns destroços em uma das salas. Acima desse altar havia um capa embaixo uma escritura, também em élfico antigo - dessa vez traduzido - que dizia:

"Aos meus inimigos, a forma do Verme"
Stor também identificou que a tal capa possuía magia de transmutação e então o grupo pediu para que Tom a pegasse e a guardasse. Com medo e pressa, o bárbaro a tirou do pedestal e atirou-a junto com suas outras coisas na mochila. Ele teve uma sensação desagradável nesse momento, mas não sofreu nenhum efeito negativo visível.

Aranhas!?

A sala na direção oposta a que estavam desde o encontro com a planta come-magia não tinha nada, com exceção de um tapete de escamas de um réptil desconhecido por todos (mas que Stor tinha certeza não se tratar de um dragão). Zeed insistia que o local deveria ter alguma passagem e, removendo o tapete, eles encontraram um alçapão para descerem.

O andar de baixo foi alcançado após uma longa descida por uma escada de madeira. O local era um túnel de madeira com água até os joelhos de Stor. Era profundamente escuro, mas a iluminação de Giles e Stor resolvia o problema. Dalaran estava na frente e Tom cuidava da retaguarda. A medida que avançavam, eles perceberam de algumas reentrâncias nas paredes pareciam vir sons de passos de aranha. Tom ficou um pouco receoso, mas avançou com o resto do grupo.

Foi então que Tom foi primeiramente atacado por uma enorme meio-aranha, meio-drow. Dalaran foi o próximo, e o combate se iniciou. Tom, na retaguarda, permanecia na defensiva e impedia que o monstro alcançasse Giles. O paladino, a frente, lutava com sua alabarda apoiado pelos ataques a distância de Giles, Demétria e pelas magias de Stor.

O monstro que enfrentava Dalaran tentou fugir subjugado após ser alvo de três explosões das bolas de fogo de Stor. Contudo, Zeed foi preciso para não permitir que ela fugisse e a derrubou da escalada nas paredes com sua explosão sobrenatural. Dalaran, que percebeu que o outro monstro também fugia quando seu aliado foi derrotado, tentou perseguí-la, mas não teve sucesso.

O grupo estava no meio do túnel alagado, e Dalaran estava decidido a pegar o monstro que fugiu.

(Terras Centrais, dias 07 a 09 de Uktar, o Apodrecer, do ano de 1480)

Parte 3: O covil de driders

A drider - a aranha elfa - havia fugido por uma das reentrâncias da caverna de madeira. Contudo, a fuga foi apenas uma estratégia para ganhar tempo, pois em pouco tempo o grupo estava envolto em trevas mágica que nem mesmo Dalaran era capaz de ver através.

DriderProtegida pela escuridão, a drider ainda imbuiu o grupo com um brilho sobrenatural e atacou o paladino, ferindo-o. O grupo se refez rapidamente e Zeed tratou de rapidamente desfazer o encanto do monstro, forçando a aranha a fugir novamente. Desta vez, contudo, o paladino não perdeu tempo em persegui-la. Ele se esgueirou por um canto apertado da caverna até que chegou a um covil de horror, com casulos de teias de tamanho humano que sangravam quando ele passava sua lâmina.

O monstro se aproveitou do momento de distração do paladino com os casulos para atacá-lo novamente. Sozinho, Dalaran se via em apuros, embora conseguisse manter o combate em alto nível. A natureza élfica da criatura lhe dava uma grande habilidade com a espada, que feria o paladino em cheio, e sua mordida venenosa castigava seu corpo cada vez que o atingia.

A luta tornou-se mais fácil quando o reforço ao paladino chegou. Demétria e Stor vieram acudi-lo, e logo o monstro foi derrotado pela alabarda poderosa de Dalaran. Em meio a isso, uma explosão de ar causada por Stor revelou que os casulos possuíam os corpos corroídos de elfos vítimas do monstro.

Terminada a batalha, o grupo resolveu sair do túnel em que se encontravam e buscar um lugar mais confortável para descansar.

(Terras Centrais, dia 09 de Uktar , o Apodrecer, do ano de 1480)

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