quarta-feira, 20 de abril de 2016

(HH) 16.5 A Orbe dos Dragões

Ruflon

Uma vez derrotados os hobgoblins, o grupo passou a se preocupar com o dragão negro Ruflon que sobrevoava seu covil. O combate contra o dragão dourado havia terminado, mas o grupo ainda não tinha deixado a zona de perigo.

Todos correram como puderam tentando sair da área aberta. Zeed conseguiu chegar rapidamente em seu destino uma vez que voava baixo pela local utilizando o tapete voador. Já os outros foram alvo da baforada terrível da criatura. Graças ao efeito providencial da magia de andar sobre as águas lançado por Giles no início das investigações, o grupo viu o ácido cuspido pela fera escorrer pelo seus corpos sem queimá-los vivos. Contudo, ao tocar a água sob seus pés, o ácido evaporou em uma grande explosão de gás, provocando danos a todos. O mais ferido do ataque foi Rédon, que caiu ao chão.

Ton Bash conseguiu chegar até uma cobertura, escondendo-se embaixo de uma árvore. Demétria prosseguiu até o fim da clareira, mas o restante do grupo acompanhou o mulano. O dragão magistral então aterrizou e, com suas quatro patas no chão e seu tamanho incalculável, começou a aproximar-se do grupo. 

Zeed, que estava de posse da orbe dos dragões, resolveu permitir que o artefato entrasse em sua mente a fim de ser capaz de aproveitar-se de seu poder. Ao fazer isso, o bardo ergueu a orbe e ordenou a Ruflon que se afastasse e fosse embora. Como um animal adestrado, o dragão lendário virou-se e voou abandonando a área.

Enquanto erguia a orbe, Stor foi capaz de perceber que ela tratava-se, em essência, de um filactério, ou o coração de um Lich. Isso gerou uma grande desconfiança nele, pois um item mágico de tal poder deve ser muito perigoso.

Zeed, que não demonstrava estar alterado e mostrava controle da situação, não mais cogitava a possibilidade de largar a orbe.

A viagem até Guark

Terminado o tão esperado encontro com o dragão negro, o grupo decidiu abandonar de uma vez o covil. Rédon, que havia sido muito ferido, foi reanimado por Giles e todos prosseguiram no trajeto de retorno.

Stor era o que mais parecia preocupado. Ele cuidava cada passo dado por Zeed, que demonstrava estar muito compenetrado na orbe mágica. O bardo, com seus bons talentos para pressentir as intenções dos outros, percebeu a desconfiança de Stor e o indagou do porquê daquilo estar acontecendo.

A conversa dos dois acabou por ser mediada por Dalaran e Zeed se mostrou bastante crível. Em suma, Stor estava preocupado que a criatura que habitava o filactério estaria controlado o bardo. Zeed, contudo, alegava com firmeza e confiança que ele estaria em total controle da situação e que não existia chance alguma dele permitir que sua mente fosse manipulada.

Porém, o bardo estava precisando demonstrar considerável resiliência internamente para não transparecer a sutil manipulação do filactério. Sua mente estava sendo constantemente atacada por ideias estranhas. A criatura da orbe desejava que ele destruísse o Cajado das Tempestades e matasse Guark. Zeed não entendia as razões desta criatura mas, para descobrir, ele percebia que ela desejava ter mais acesso e controle sobre sua mente. A discussão mental dos dois durou por dias até que, quando já estavam muito próximos do covil do dragão dourado novamente e as intenções começaram a manifestarem-se de forma mais incisiva, Zeed foi capaz de negar a ordem da orbe e resistir com tal intensidade que lhe permitiu soltar a pedra.

Dalaran e Stor, que observavam o bardo mesmo depois da conversa que tiveram, percebiam que alguma coisa de anormal lhe acontecia. Assim, imediatamente quando a orbe caiu no chão, Dalaran atirou-se sobre o bardo e o lançou ao chão. Stor lançou sobre a orbe uma magia estilhaçar que, inesperadamente, fez o efeito evocado ser rebatido de volta contra todos ao redor. Felizmente, o estrago foi pequeno.

Dalaran gritou para que Ton pegasse a esfera de madeira. O bárbaro, sem pestanejar, sacou a esfera de sua mochila, correu até o local da orbe e bateu nela duas vezes com toda sua força, usando a esfera de madeira. O primeiro golpe fez com que ela abrisse e uma das metades se soltasse. O segundo golpe danificou a parte que o bárbaro segurava. Antes que um terceiro golpe viesse, Dalaran consegui aproximar-se e segurar Ton que, como um reflexo, chutou a orbe para longe. Zeed então lançou uma magia para acalmar o bárbaro.

Stor foi verificar onde a pedra havia caído. Sabiamente o mago não a tocou ao vê-la e aguardou Dalaran com metade da esfera de madeira a catar do chão e fechá-la com a outra metade, resgatada.

Zeed perguntou a Ton se ele recebeu alguma informação da orbe no instante em que entrou em contato com ela, ao chutá-la. O bárbaro disse que pressentiu a necessidade de destruir o cajado. O bardo então combinou que nenhum dos dois deveria pôr as mãos no item.

Com a Orbe dos Dragões em local protegido e fora das mãos de todos, o grupo prosseguiu sua jornada que já estava chegando no covil do dragão Guark.

(Floresta das Serpentes, Terras Centrais do Ocidente, dias 26 a 30 de Uktar, o Apodrecer, do ano de 1480)

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