domingo, 23 de julho de 2017

(SP) 3.2 - Rochaverde estremecida

O Combate


Todos estavam preparados para o início das lutas. Kozilek solicitou que a dele fosse antes de Bellum, e o arranjador concordou. Não apenas a plateia, mas também o próprio arranjador desdenharam do pequenino que se arriscaria na arena contra o Ogro, um humano grandalhão e musculoso.

As regras dos combates desarmados exigiam que os competidores lutassem sem trajes na parte superior do corpo, exceto por ataduras nas mãos, se desejassem. Assim, a cicatriz nas costas de Kozilek que o denunciava como um escravo ficou exposta para o público. As apostas, que estavam todas a favor do Ogro, foram parcialmente revertidas a favor de Kozilek, pois um burburinho de que o pequenino era, na verdade, um gladiador experiente começou a rondar a arena.

O combate contra o Ogro durou alguns minutos, mas foi cinematográfico. O pequenino não foi nem mesmo tocado pelo humano grandalhão. Kozilek, no entanto, desviava-se e o golpeava tantas vezes que deixava o público confuso, mas atento.

Nehuton, um rastreador humano que visitava a cidade de Rochaverde com seu filho Bolívar, estava assistindo as lutas. O jovem ficou bastante impressionado com a demonstração do pequenino Kozilek. Nehuton, no entanto, disse que a melhor luta ainda estava por vir: a do anão Bellum.

Ao terminar o combate com um chute giratório que nocauteou o Ogro, Kozilek arrancou aplausos surpresos da plateia e recebeu a recompensa pela luta.

Os jogos seguiram imediatamente para a nova luta de Bellum. O anão enfrentou um meio-elfo que vestia um elmo para proteger-se. Mesmo brandindo duas espadas, o adversário não foi páreo para o anão seguidor de Crezir. Quando a batalha parecia estar seguindo a favor do meio-elfo, o anão desferiu-lhe golpes poderosos no peito que, mesmo com armas cegas, foram capazes de abrirem-lhe cortes doloridos.

A perseguição


Darial prosseguia tentando encontrar o comerciante Olaf. Por algumas horas o paladino vasculhou a cidade até que foi ao quartel conversar com Darial. O comandante da milícia de Rochaverde designou três guardas para acompanhar o paladino até a residência dos lenhadores, as quais Darial acreditava que poderia colher pistas sobre o paradeiro das outras peças do artefato ou sobre Virtus.

O grupo vasculhou a casa de todos os lenhadores, mas apenas na última delas que foram encontrar pistas ou objetos mais úteis. Sobre uma mesa que parecia ter sido usada há vários dias atrás, um dos guardas encontrou um mapa com um caminho traçado para o interior da floresta de Siltam. O paladino logo reconheceu que o mapa marcava a localização da árvore Hungarati.

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Depois das lutas na arena, no fim da tarde daquele dia 10 do mês do conflito, Kozilek e Enrhakul se dirigiam até a casa da bruxa que havia aceitado ensinar o pequenino a ler. A intenção da dupla, no entanto, era verificar se ela possuía alguma informação sobre o artefato.

Antes de chegarem na casa da mulher, o grupo foi surpreendido com um terremoto. Todos na cidade ficaram assustados com o rápido tremor, que foi logo seguido por um bem mais poderoso e que provocou pânico. O terremoto derrubou algumas casas e danificou muitas outras. Kozilek e Enrakhul chegaram a perceber pequenas fissuras que se abriram no chão. Ao olharem para as trevas na fenda que se abriu, ambos puderam pressentir algo maligno.

Ao chegarem na casa da bruxa, já de noite, Enrhakul, misturando algumas verdades com muitas de suas mentiras deslavadas, conseguiu convencer a mulher a procurar mais informações sobre o artefato de Hungarati. Ela pediu que a dupla voltasse em outro momento, para que ela pudesse pesquisar em paz.

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Bellum saiu da arena direto para a estalagem. Lá ele foi procurado por Bolívar, o jovem filho de Nehuton. Empolgado, o menino disse que gostou muito da luta. Nehuton aproveitou o momento para oferecer um serviço ao guerreiro: ele precisava de escolta para retornar até Donatar e estava disposto a pagar algumas moedas de ouro. O anão gostou da ideia e aceitou, dizendo ainda que iria chamar seus companheiros.

Depois da taverna, Bellum foi até o quartel. Lá ele encontrou-se com Garai e Dalan, que discutiam a possibilidade de uma guerra aberta contra os elfos. O anão não poupou palavras para encorajar a guerra e disse que os elfos da floresta não eram confiáveis, além de poderem atacar novamente a qualquer momento.

Garai, que apoiava a guerra, aproveitou o reforço que Bellum dava a sua ideia e estimulou ainda mais Dalan a iniciar o conflito. O chefe da guarda ainda não havia tomado sua decisão, mas ele agora estava bastante inclinado a seguir a ideia de seu conselheiro.

Ludgrim, Rochaverde, Anaesi, dia 10 do mês do Conflito do ano de 1501.

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