sábado, 5 de agosto de 2017

(SP) 3.3 - Contatos

Já era manhã de Basvo, dia 11, quando Enrhakul e Kozilek foram novamente à casa da bruxa para descobrir o que ela havia descoberto sobre Hungarati e sua relação com a região. No entanto, os irmão saíram frustrados ao descobrirem que a meio-elfa ainda não havia descoberto nenhuma informação adicional.

Em seguida, a dupla de pequeninos dirigiu-se até a taverna Rompe Lombo para encontrar-se com Nehuton. Os dois já estavam dispostos a partir em direção a cidade de Donatar a fim de cumprir o contrato que haviam firmado com o rastreador. Ao chegarem lá, os pequenos ouviram do estalajadeiro que o homem havia saído com seu filho para caçar, supostamente saindo pelo portão sul, e foi para lá que Kozilek e Enrhakul os seguiram.

Ao tentarem passar pelo portão, os pequeninos tiveram que lidar com guardas desconfiados. A dupla que fazia a guarda no portão queria revistá-los, mas Kozilek se enfureceu com a situação e reagiu com aspereza nas palavras. Enquanto o clima tornava-se cada vez mais propenso para uma briga, Enrhakul conseguiu pôr a cabeça no lugar, acalmar os ânimos dos envolvidos e conseguir passar pelo portão sem que ninguém se ferisse.

Os dois percorreram poucos quilômetros ao sul até já estarem próximos da Floresta de Siltam. Não precisou muito para que eles percebessem a presença de Nehuton e seu filho. O jovem estava treinando com o arco e flecha de seu pai e acabara de matar uma lebre com sua flechada, demonstrando talento no manuseio da arma. Reunidos, os três iniciaram o retorno para a cidade em busca de Bellum, para que finalmente pudessem partir em direção à Donatar.

. . .

Darial acordou cedo na manhã de Basvo. O paladino tinha muitas preocupações em mente. Além de tentar evitar que uma guerra entre os elfos e os cidadão de Rochaverde começasse, ele tinha a pretensão de descobrir quem escrevera o bilhete no mapa que encontrara na casa de um dos lenhadores, no dia anterior.

Foi para cumprir seu segundo objetivo que Darial partiu logo cedo da manhã para o quartel ao encontro de Dalan. Porém, enquanto cruzava a cidade, o paladino percebeu a grande movimentação na praça central. O chefe da guarda estava atrás de um púlpito, onde o prefeito Etwid parecia preparar-se para discursar. Logo que a multidão pareceu se acomodar, o prefeito iniciou seu discurso, dizendo que a cidade de Rochaverde estava se preparando para tempos difíceis. Entre as frases mais marcantes do prefeito, destacaram-se:

— (...) estamos preparando nossas tropas para defender a cidade. Pelotões de guardas irão circular a cidade, defendendo nosso território de quaisquer elfos que surjam (...)
— (...) a capitão Donatar já autorizou o envio de tropas para aumentar o efetivo aqui em Rochaverde, uma cidade estrategicamente bem posicionada no território (...)
— (...) se houver qualquer sinal de hostilidade dos elfos, iremos revidar e destruí-los (...)

Após o discurso, Darial aproximou-se de Dalan e do prefeito para conversar. O paladino foi apresentado à Adald, sacerdote de Crizagom de Rochaverde e que é responsável pela justiça na cidade. A conversa dos três foi breve. Darial questionou Dalan sobre o mapa e a escrita, mas o chefe da guarda não sabia quem poderia ter escrito aquilo. No entanto, ele sugeriu que o paladino procurasse o comerciante Waltom, que possuía muitos contatos na cidade. Talvez ele pudesse saber quem escrevera aquilo.

Com a indicação da residência do comerciante, Darial foi até lá. O sacerdote não encontrou resistência para entrar e foi levado até um escritório onde encontrava-se um senhor, que se apresentou como Waltom, acompanhado de mais três humanos homens armados. Dalan iniciou a conversa colocando o mapa sobre a mesa e questionando se o comerciante saberia quem poderia ter escrito aquilo. Waltom disse que não lidava com pequenos comerciantes diretamente, mas que talvez pudesse descobrir, se Darial também o ajudasse.

A proposta de Waltom abalou um pouco a Darial. O comerciante disse que precisava levar alguns bens para fora da cidade sem que fossem revistados pela guarda local. Como Darial gozava de algum prestígio frente a milícia local, ele ofereceu uma troca: as informações que ele conseguisse coletar em troca deste favor ilegal que o paladino cumprisse. Darial recusou educadamente a proposta e retirou-se sem mais informações.

Nem toda a conversa com o comerciante havia sido desperdiçada. Waltom havia sugerido que ele procurasse o templo de Sevides. Ele dirigiu-se até o outro lado da cidade e encontrou um templo dedicado a Tríade da agricultura. Conversando com a sacerdotisa Abil, ele foi levado até uma biblioteca no subterrâneo e apresentado a centenas de livros. Sua intenção era comparar assinaturas até descobrir quem teria escrito naquele mapa.

Ludgrim, Rochaverde, Anaesi, dia 11 do mês do Conflito do ano de 1501.

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